sexta-feira, 26 de junho de 2009
Eu procurei colocar aqui as histórias de algumas professoras para podermos ter como exemplo a perseverança, desta mulheres que passaram grande parte de sua vida, levando ensinamentos para seus alunos e também aprendendo com eles. Mulheres que como tantas outras trabalham vários turnos, passaram sacrifícios mas não desistiram de seu sonho de ver nosso mundo trasformado para melhor , com pessoas concientes de que cada um dando um pouco poderemos ter tudo
Maria Luiza Alegre Professora de Português
Comecei a lecionar em 1973 como contratada do Estado no supletivo e fazea faculdade durante o dia.Em 1975 prestei concuro para estado e continuei trabalhando e também no município como contratada, município de Uruguaiana.Houve um tempo em que eu lecionava no interior do município, tinha que viajar e depois ainda caminhava a pé um quilômetro mais ou menos para chegar a escola.
Em 1980 prestei outro concurso e pedi demissão do município. Em 1997 me aposenti pelo estado, não mecontentando em ficar sem trabalhar, pois para mim ser professora é muito gratificante, prestei concurso em 2002 para município de Tupã, pois agora já morava em Santa maria.E continuo trabalhando até que posso levar aos jovens alguma contribuição para seu crescimento como ser humano, pois acredito que o mundo só se trasforma através da educação.
Comecei a lecionar em 1973 como contratada do Estado no supletivo e fazea faculdade durante o dia.Em 1975 prestei concuro para estado e continuei trabalhando e também no município como contratada, município de Uruguaiana.Houve um tempo em que eu lecionava no interior do município, tinha que viajar e depois ainda caminhava a pé um quilômetro mais ou menos para chegar a escola.
Em 1980 prestei outro concurso e pedi demissão do município. Em 1997 me aposenti pelo estado, não mecontentando em ficar sem trabalhar, pois para mim ser professora é muito gratificante, prestei concurso em 2002 para município de Tupã, pois agora já morava em Santa maria.E continuo trabalhando até que posso levar aos jovens alguma contribuição para seu crescimento como ser humano, pois acredito que o mundo só se trasforma através da educação.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Quarta-feira, 17 de Junho de 2009
Plano de Carreira.
SEC exibe série com cinco programas sobre as propostas de mudanças na carreira do magistério.
A Secretaria Estadual da Educação (SEC) exibe de amanhã, 16, até sábado, 20, cinco programas na TVE para apresentar à sociedade gaúcha as propostas de mudanças no plano de carreira do magistério. Os programas serão exibidos sempre às 7 horas e foram editados a partir do DVD produzido pela secretária da Educação, Mariza Abreu, distribuídos às escolas públicas estaduais explicando as propostas para reformulação da estrutura funcional dos professores. A TVE pode ser sintonizada pelo canal 7 no sistema de TV aberta ou TV por assinatura.
Os programas trazem três importantes temas: faz uma contextualização da educação no Brasil e da situação do Rio Grande do Sul; apresenta a atual carreira do magistério e suas principais alterações; e aborda a questão da gestão escolar e o que deve mudar para garantir educação de qualidade para todos os estudantes gaúchos. A apresentação das propostas é feita pela secretária Mariza Abreu, mas há também depoimentos de especialistas em educação, representantes da sociedade civil organizada e de entidades de classe que argumentam sobre a importância das mudanças para melhorar a qualidade da educação nas escolas.
A iniciativa de exibir na TV as propostas de mudanças no plano de carreira surgiu da necessidade de explicar a toda população do Rio Grande do Sul o principal objetivo das alterações na carreira, que é promover a valorização do profissional do magistério articulada com melhoria dos resultados educacionais.
Entre as propostas de mudanças no plano de carreira está a criação de um novo concurso para ingresso no magistério, com provas especificas na área de conhecimento em que o professor vai atuar; implementação de remuneração variável por desempenho, pela qual os professores ganhariam um 14º salário anual de acordo com os resultados obtidos pelos alunos em sistemas de avaliação externa do rendimento escolar; progressão na carreira a partir de cursos de formação continuada que efetivamente contribua para a melhoria da qualidade do ensino, com provas realizadas pela SEC para avaliar os conhecimentos adquiridos pelos professores, e não mais apenas pela frequência a seminários e outros eventos.
Plano de Carreira.
SEC exibe série com cinco programas sobre as propostas de mudanças na carreira do magistério.
A Secretaria Estadual da Educação (SEC) exibe de amanhã, 16, até sábado, 20, cinco programas na TVE para apresentar à sociedade gaúcha as propostas de mudanças no plano de carreira do magistério. Os programas serão exibidos sempre às 7 horas e foram editados a partir do DVD produzido pela secretária da Educação, Mariza Abreu, distribuídos às escolas públicas estaduais explicando as propostas para reformulação da estrutura funcional dos professores. A TVE pode ser sintonizada pelo canal 7 no sistema de TV aberta ou TV por assinatura.
Os programas trazem três importantes temas: faz uma contextualização da educação no Brasil e da situação do Rio Grande do Sul; apresenta a atual carreira do magistério e suas principais alterações; e aborda a questão da gestão escolar e o que deve mudar para garantir educação de qualidade para todos os estudantes gaúchos. A apresentação das propostas é feita pela secretária Mariza Abreu, mas há também depoimentos de especialistas em educação, representantes da sociedade civil organizada e de entidades de classe que argumentam sobre a importância das mudanças para melhorar a qualidade da educação nas escolas.
A iniciativa de exibir na TV as propostas de mudanças no plano de carreira surgiu da necessidade de explicar a toda população do Rio Grande do Sul o principal objetivo das alterações na carreira, que é promover a valorização do profissional do magistério articulada com melhoria dos resultados educacionais.
Entre as propostas de mudanças no plano de carreira está a criação de um novo concurso para ingresso no magistério, com provas especificas na área de conhecimento em que o professor vai atuar; implementação de remuneração variável por desempenho, pela qual os professores ganhariam um 14º salário anual de acordo com os resultados obtidos pelos alunos em sistemas de avaliação externa do rendimento escolar; progressão na carreira a partir de cursos de formação continuada que efetivamente contribua para a melhoria da qualidade do ensino, com provas realizadas pela SEC para avaliar os conhecimentos adquiridos pelos professores, e não mais apenas pela frequência a seminários e outros eventos.
Reformas em escolas resgatam prédios históricos no EstadoUm prédio escolar abriga mais que estudantes, carrega em suas paredes histórias e sonhos de todos que por lá passaram. Faz parte da vida da comunidade e escreve ao longo do tempo a trajetória do ensino público. Preocupado em manter vivo este passado, o Governo do Estado, através da Secretaria de Obras Públicas, está recuperando e mantendo a história arquitetônica do povo gaúcho através de melhorias estruturais nos prédios antigos.
No início da semana, o Secretário José Carlos Breda assinou ordem de início para a recuperação e melhorias do Instituto Estadual de Educação Visconde de Taunay, no município de Iraí, localizado na região Norte do Estado. Construído em 1942, o prédio abriga hoje 745 alunos dos ensinos fundamental, médio e técnico, sendo a maior e mais antiga escola do município. Segundo o Diretor Vilmar Luiz Leite, esta reforma era aguardada há anos pela comunidade.
"Estou muito contente com essa notícia da reforma da nossa escola. Vai melhorar muito o nosso ambiente escolar", comemora Vilmar. Entre as reformas estão: recuperação da marquise, alvenarias, forros, revestimentos, piso, instalações elétricas e hidráulicas, esquadrias, gradis e pintura externa. O valor investido é de R$ 80.558,27 e tem prazo de entrega de 90 dias.
No início da semana, o Secretário José Carlos Breda assinou ordem de início para a recuperação e melhorias do Instituto Estadual de Educação Visconde de Taunay, no município de Iraí, localizado na região Norte do Estado. Construído em 1942, o prédio abriga hoje 745 alunos dos ensinos fundamental, médio e técnico, sendo a maior e mais antiga escola do município. Segundo o Diretor Vilmar Luiz Leite, esta reforma era aguardada há anos pela comunidade.
"Estou muito contente com essa notícia da reforma da nossa escola. Vai melhorar muito o nosso ambiente escolar", comemora Vilmar. Entre as reformas estão: recuperação da marquise, alvenarias, forros, revestimentos, piso, instalações elétricas e hidráulicas, esquadrias, gradis e pintura externa. O valor investido é de R$ 80.558,27 e tem prazo de entrega de 90 dias.
Hoje ouvi uma notícia no jornal da manhã na Tv Globo, que me deixou muito triste , e que faz a gente pensar!!!! O que está acontecendo com a educação neste país????? Sinceramente não sei, a violência nas salas de aulas estão se tornando uma constante!!! O que fazer??? Pergunto , até que ponto toda esta liberdade que tem se dado, toda esta educação liberal ou liberada, esta deixando nossos jovens sem nenhuma educação, nenhum respeito,nada.
Ontem eu minha enteada que tem 15 anos estávamos conversando sobre isso, sobre exemplo, nas pequenas coisas, como usar uma lei natural , não faça para outros , aquilo que não queres que façam para você. è tão simples, tão natural e porque então toda essa violência nesse nosso mundo!!! Quem sou eu para entender, uma simples estudante de história, que por isso vê que o tempo parece não ter passado. Que na verdade não evoluímos!!!
Tenho medo de saber para onde esta indo a espécie humana. que tanto nos orgulhamos de pertencer.
Sinceramente tudo isso me deixa triste, mas não tira a minha disposição de ajudar, de lutar por uma educação melhor em nosso país. eu poderia ficar aqui falando , falando, mas que adianta falar, então estou aqui para implorar VAMOS FAZER ALGUMA COISA, ASSIM NÃO PODEMOS FICARRRRRRRRR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ontem eu minha enteada que tem 15 anos estávamos conversando sobre isso, sobre exemplo, nas pequenas coisas, como usar uma lei natural , não faça para outros , aquilo que não queres que façam para você. è tão simples, tão natural e porque então toda essa violência nesse nosso mundo!!! Quem sou eu para entender, uma simples estudante de história, que por isso vê que o tempo parece não ter passado. Que na verdade não evoluímos!!!
Tenho medo de saber para onde esta indo a espécie humana. que tanto nos orgulhamos de pertencer.
Sinceramente tudo isso me deixa triste, mas não tira a minha disposição de ajudar, de lutar por uma educação melhor em nosso país. eu poderia ficar aqui falando , falando, mas que adianta falar, então estou aqui para implorar VAMOS FAZER ALGUMA COISA, ASSIM NÃO PODEMOS FICARRRRRRRRR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
segunda-feira, 15 de junho de 2009
15 de junho de 2009 N° 16001AlertaVoltar para a edição de hoje
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O NOVO VESTIBULAR
SuperEnem abre inscrições hoje sob superpolêmica
As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começam hoje em meio à polêmica. Por incentivo do Ministério da Educação (MEC), universidades federais do país estão criando formas para substituir definitivamente o vestibular pela prova única do Enem. A proposta revoluciona a atual seleção para acesso ao Ensino Superior no país, um exame instituído em 1911.Hoje, a preocupação de instituições, professores, pais e alunos não é a mudança em si, mas a falta de tempo para adaptação e preparação à prova, que será aplicada em 3 e 4 de outubro. A discussão ganhou força com a supressão dos testes de língua estrangeira no exame deste ano e uma ação civil pública do Ministério Público Federal contra a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para que a instituição não utilize apenas o Enem como seleção.Em 25 de março deste ano, o ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que só dois meses depois foram especificadas em edital. Além de ampliar o exame de 63 para 180 questões, mais redação, o ministro estimulou as universidades federais a utilizarem a avaliação federal como única forma de acesso já no próximo processo seletivo. Para isso, ofereceu mais recursos às instituições que substituíssem o antigo vestibular pelo novo Enem. A verba repassada à assistência estudantil dobrou, atingindo R$ 400 milhões.No Estado, três das seis federais decidiram usar exclusivamente o Enem na seleção. Com isso, em vez de aplicarem suas provas em dezembro ou janeiro, usarão as notas do Enem, a ser realizado em 3 e 4 de outubro. A decisão revoltou estudantes, sob a alegação de que a preparação para o vestibular havia sido prejudicada.– Tudo foi mudado no meio do processo, tivemos de nos adaptar. Não acho justo nem correto, pois estão menosprezando todo o nosso empenho – queixa-se Joana Noschang, 34 anos, que tenta uma vaga em Medicina na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), que usará o Enem em vez do vestibular tradicional.Na tentativa de manter o processo de seleção antigo pelo menos até o próximo vestibular, estudantes da Capital pretendem entrar na Justiça contra a decisão da UFCSPA.Com apoio da Câmara de Vereadores, devem solicitar a intervenção do Ministério Público Federal contra a substituição do antigo modelo de seleção pelo Enem.A mobilização é inspirada na dos colegas de Pelotas, que conseguiram em caráter liminar derrubar o uso do Enem como única forma de acesso na Universidade Federal de Pelotas (UFPel).Até o momento, paira a incerteza entre os vestibulandos da cidade pelotense, uma vez que a Justiça ainda não julgou o mérito da ação civil pública ajuizada pelo procurador Max Palombo, do Ministério Público Federal.Vestibulandos participarão de audiência com vereadoresNa sexta-feira, às 9h30min, vestibulandos da Região Metropolitana que se sentem prejudicados com a decisão da UFCSPA participarão de audiência da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude da Câmara de Vereadores. Depois do encontro, os estudantes planejam protestar, seguindo em passeata até a sede da universidade, na Rua Sarmento Leite.Em abril, a reitora Miriam da Costa Oliveira recebeu um abaixo-assinado com 1,5 mil assinaturas contra o uso do Enem. No mesmo dia, a universidade aprovou seu uso exclusivo a partir da próxima seleção. Nesta semana, os abaixo-assinados foram retomados.A mobilização estudantil é vista como uma esperança para Bianca Juliana Remedi, 19 anos, de Canoas.– Tomara que dê resultado. Comecei a me preparar em março pensando em janeiro e não outubro (mês em que será realizado o Enem) – afirma a jovem, que tenta uma vaga em Nutrição na UFCSPA.maicon.bock@zerohora.com.br
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O NOVO VESTIBULAR
SuperEnem abre inscrições hoje sob superpolêmica
As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começam hoje em meio à polêmica. Por incentivo do Ministério da Educação (MEC), universidades federais do país estão criando formas para substituir definitivamente o vestibular pela prova única do Enem. A proposta revoluciona a atual seleção para acesso ao Ensino Superior no país, um exame instituído em 1911.Hoje, a preocupação de instituições, professores, pais e alunos não é a mudança em si, mas a falta de tempo para adaptação e preparação à prova, que será aplicada em 3 e 4 de outubro. A discussão ganhou força com a supressão dos testes de língua estrangeira no exame deste ano e uma ação civil pública do Ministério Público Federal contra a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para que a instituição não utilize apenas o Enem como seleção.Em 25 de março deste ano, o ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que só dois meses depois foram especificadas em edital. Além de ampliar o exame de 63 para 180 questões, mais redação, o ministro estimulou as universidades federais a utilizarem a avaliação federal como única forma de acesso já no próximo processo seletivo. Para isso, ofereceu mais recursos às instituições que substituíssem o antigo vestibular pelo novo Enem. A verba repassada à assistência estudantil dobrou, atingindo R$ 400 milhões.No Estado, três das seis federais decidiram usar exclusivamente o Enem na seleção. Com isso, em vez de aplicarem suas provas em dezembro ou janeiro, usarão as notas do Enem, a ser realizado em 3 e 4 de outubro. A decisão revoltou estudantes, sob a alegação de que a preparação para o vestibular havia sido prejudicada.– Tudo foi mudado no meio do processo, tivemos de nos adaptar. Não acho justo nem correto, pois estão menosprezando todo o nosso empenho – queixa-se Joana Noschang, 34 anos, que tenta uma vaga em Medicina na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), que usará o Enem em vez do vestibular tradicional.Na tentativa de manter o processo de seleção antigo pelo menos até o próximo vestibular, estudantes da Capital pretendem entrar na Justiça contra a decisão da UFCSPA.Com apoio da Câmara de Vereadores, devem solicitar a intervenção do Ministério Público Federal contra a substituição do antigo modelo de seleção pelo Enem.A mobilização é inspirada na dos colegas de Pelotas, que conseguiram em caráter liminar derrubar o uso do Enem como única forma de acesso na Universidade Federal de Pelotas (UFPel).Até o momento, paira a incerteza entre os vestibulandos da cidade pelotense, uma vez que a Justiça ainda não julgou o mérito da ação civil pública ajuizada pelo procurador Max Palombo, do Ministério Público Federal.Vestibulandos participarão de audiência com vereadoresNa sexta-feira, às 9h30min, vestibulandos da Região Metropolitana que se sentem prejudicados com a decisão da UFCSPA participarão de audiência da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude da Câmara de Vereadores. Depois do encontro, os estudantes planejam protestar, seguindo em passeata até a sede da universidade, na Rua Sarmento Leite.Em abril, a reitora Miriam da Costa Oliveira recebeu um abaixo-assinado com 1,5 mil assinaturas contra o uso do Enem. No mesmo dia, a universidade aprovou seu uso exclusivo a partir da próxima seleção. Nesta semana, os abaixo-assinados foram retomados.A mobilização estudantil é vista como uma esperança para Bianca Juliana Remedi, 19 anos, de Canoas.– Tomara que dê resultado. Comecei a me preparar em março pensando em janeiro e não outubro (mês em que será realizado o Enem) – afirma a jovem, que tenta uma vaga em Nutrição na UFCSPA.maicon.bock@zerohora.com.br
sexta-feira, 12 de junho de 2009
VÂNIA DE CASTRO MACHADO
Tudo começou quando a Lúcia minha irmã começou a dar aulas, nos primeiros dias eu ia junto pra companhia, acabava trabalhando junto, comecei a gostar. Quando fiz vestibular para veterinária e passei no provão, enquanto estudava teve um rodeio e um cavalo quebrou a pena, fiquei muito comovida quando sacrificaram o animal, não terminei o vestibular, não fui ao último dia. Assim fiquei sem ter o que fazer, então resolvi me escrever no concurso da prefeitura de Restinga para aproveitar o estudo do vestibular.
Passei no concurso da prefeitura de Restinga e fui trabalhar em Passo dos Alves, estavam construindo uma escola nova, enquanto isso trabalhávamos, eu e meu colega na mesma sala, cada um atendia duas turmas, de costas uma para outra, até a escola ficar pronta, eu tinha a3ª e a 4ª série, foi uma época muito boa, adorava mexer na horta, principalmente colher o que plantávamos. Vinha para casa cheia de presentes, de abacate, laranja até galinha. Fiquei lá um ano, mas deixei grandes amizades.
De lá fui para São Miguel, nesse ano passei no vestibular da UFSM e da FIC, em História. Cursei a federal, é claro. Foi uma época muito difícil, dava aula para uma 2ª serie de manhã e a tarde ia para a faculdade, fazia poucas cadeiras. No ano seguinte já comecei a trabalhar por disciplina, dando aula de geografia, pois meu curso de História tinha um básico que habilitava. Trabalhei em São Miguel, na Manuel Albino Carvalho cinco anos.
Da Manuel fui para o Francisco Giuliani, escola que estudei. Ali trabalhei com 5ª a 8ª série com geografia. Fiz nesse meio tempo concurso para o estado, para Santa Maria, passando em 6º lugar, como não fui chamada e os quatro anos já estavam por terminar, surgiu à oportunidade de trocar de delegacia na época, hoje CREA. Tinha vaga para História na 28º de Gravataí, seria uma seleção por média, os primeiros colocados teriam vaga garantida. Fiquei em 1º em História. Podendo escolher o Município, escolhi Viamão e por ter difícil acesso, Vila Elza, na escola Nísia Floresta. Viemos em três, mas só eu e a Mônica ficamos, eu para geografia e ela para história, isso aconteceu em 1990, em 1992 comecei a trabalhar 40 horas indo para o centro de Viamão, na escola Cecília Meireles onde peguei oito turmas de 1º ano, no ensino médio. Lá trabalhei até 95 quando vim para minha escola na vila para ser vice-diretora do turno da tarde. Em 1998 assumi o cargo de agente financeiro, como a Ana, onde fiquei durante quatro anos. Em 2002 voltei para a sala de aula para cumprir exigência da CREA, por ter uma convocação por tempo indeterminado, tive que permanecer com alunos até me aposentar no dia 9 de outubro de 2008.
Tudo começou quando a Lúcia minha irmã começou a dar aulas, nos primeiros dias eu ia junto pra companhia, acabava trabalhando junto, comecei a gostar. Quando fiz vestibular para veterinária e passei no provão, enquanto estudava teve um rodeio e um cavalo quebrou a pena, fiquei muito comovida quando sacrificaram o animal, não terminei o vestibular, não fui ao último dia. Assim fiquei sem ter o que fazer, então resolvi me escrever no concurso da prefeitura de Restinga para aproveitar o estudo do vestibular.
Passei no concurso da prefeitura de Restinga e fui trabalhar em Passo dos Alves, estavam construindo uma escola nova, enquanto isso trabalhávamos, eu e meu colega na mesma sala, cada um atendia duas turmas, de costas uma para outra, até a escola ficar pronta, eu tinha a3ª e a 4ª série, foi uma época muito boa, adorava mexer na horta, principalmente colher o que plantávamos. Vinha para casa cheia de presentes, de abacate, laranja até galinha. Fiquei lá um ano, mas deixei grandes amizades.
De lá fui para São Miguel, nesse ano passei no vestibular da UFSM e da FIC, em História. Cursei a federal, é claro. Foi uma época muito difícil, dava aula para uma 2ª serie de manhã e a tarde ia para a faculdade, fazia poucas cadeiras. No ano seguinte já comecei a trabalhar por disciplina, dando aula de geografia, pois meu curso de História tinha um básico que habilitava. Trabalhei em São Miguel, na Manuel Albino Carvalho cinco anos.
Da Manuel fui para o Francisco Giuliani, escola que estudei. Ali trabalhei com 5ª a 8ª série com geografia. Fiz nesse meio tempo concurso para o estado, para Santa Maria, passando em 6º lugar, como não fui chamada e os quatro anos já estavam por terminar, surgiu à oportunidade de trocar de delegacia na época, hoje CREA. Tinha vaga para História na 28º de Gravataí, seria uma seleção por média, os primeiros colocados teriam vaga garantida. Fiquei em 1º em História. Podendo escolher o Município, escolhi Viamão e por ter difícil acesso, Vila Elza, na escola Nísia Floresta. Viemos em três, mas só eu e a Mônica ficamos, eu para geografia e ela para história, isso aconteceu em 1990, em 1992 comecei a trabalhar 40 horas indo para o centro de Viamão, na escola Cecília Meireles onde peguei oito turmas de 1º ano, no ensino médio. Lá trabalhei até 95 quando vim para minha escola na vila para ser vice-diretora do turno da tarde. Em 1998 assumi o cargo de agente financeiro, como a Ana, onde fiquei durante quatro anos. Em 2002 voltei para a sala de aula para cumprir exigência da CREA, por ter uma convocação por tempo indeterminado, tive que permanecer com alunos até me aposentar no dia 9 de outubro de 2008.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
O X da Educação 04/03/2009 12h32min
“O aluno não quer mais se sentar e ouvir”
Entrevista: Alex Primo, doutor em Informática na Educação
Professor do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Informação da UFRGS, Alex Primo sustenta que o mundo digital deu origem a um novo padrão de estudante, acostumado ao uso da tecnologia. Para se adequar a esse perfil, escolas e educadores devem rever suas práticas. Confira trechos da entrevista a ZH:
Zero Hora – Qual principal o impacto das novas tecnologias na vida do estudante?
Alex Primo – O acesso às informações. Antes, a educação era baseada no livro, e os livros eram prescritos pelos professores como a informação que devia ser estudada, onde estavam as respostas. Hoje, mesmo uma criança tem possibilidade de buscar as soluções na internet.
ZH – O que isso muda?
Primo – Constrói na criança o espírito da investigação. Não é o professor que entrega uma resposta pré-definida. Ela vai atrás para construir suas respostas.
ZH – É um novo aluno?
Primo – Sem dúvida. Antigamente, falava-se em ensinar. Hoje, é preciso ter preocupação maior com a educação, como um processo global para a aprendizagem e para a produção ativa. O aluno não quer mais se sentar e ouvir, porque ele está acostumado a produzir por meio das novas tecnologias.
ZH – Isso exige uma adaptação na maneira de dar aula?
Primo – Demanda-se um maior dinamismo nas aulas e a valorização da expressão multimídia: usar fotos, sons, textos em blogs para os estudante poderem valorizar aquela linguagem que eles conhecem. Se não se fizer isso, fica um hiato muito grande entre linguagem do aluno e do professor.
ZH – Os jovens de hoje têm menor capacidade de concentração?
Primo – Uma vez escutei que havia professores que ensinavam em blocos de 15 minutos e contavam uma piada, para seguir o ritmo da televisão. Agora, percebemos uma mudança, as pessoas se afastando da TV e indo para o computador, onde a dedicação é total. Ficam horas no computador. A diferença é que hoje se navega em muitas janelas ao mesmo tempo. O jovem conversa, navega, vê vídeos, tudo ao mesmo tempo. Então, é uma concentração fragmentada.
ZH – A internet estimula a cópia de trabalhos?
Primo – O plágio, a cola da enciclopédia sempre existiu. Eu lembro de fazer isso quando criança, vários alunos copiavam informações das enciclopédias, o professor recebia muitas cópias e nem se dava conta. Não é um problema novo, da internet. O interessante é que o aluno comece a reconhecer a importância da consulta às fontes e de valorizar a autoria, não minimizar a importância da busca de informações e citações.
Publicado em 12/02/2009
ZERO HORA
“O aluno não quer mais se sentar e ouvir”
Entrevista: Alex Primo, doutor em Informática na Educação
Professor do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Informação da UFRGS, Alex Primo sustenta que o mundo digital deu origem a um novo padrão de estudante, acostumado ao uso da tecnologia. Para se adequar a esse perfil, escolas e educadores devem rever suas práticas. Confira trechos da entrevista a ZH:
Zero Hora – Qual principal o impacto das novas tecnologias na vida do estudante?
Alex Primo – O acesso às informações. Antes, a educação era baseada no livro, e os livros eram prescritos pelos professores como a informação que devia ser estudada, onde estavam as respostas. Hoje, mesmo uma criança tem possibilidade de buscar as soluções na internet.
ZH – O que isso muda?
Primo – Constrói na criança o espírito da investigação. Não é o professor que entrega uma resposta pré-definida. Ela vai atrás para construir suas respostas.
ZH – É um novo aluno?
Primo – Sem dúvida. Antigamente, falava-se em ensinar. Hoje, é preciso ter preocupação maior com a educação, como um processo global para a aprendizagem e para a produção ativa. O aluno não quer mais se sentar e ouvir, porque ele está acostumado a produzir por meio das novas tecnologias.
ZH – Isso exige uma adaptação na maneira de dar aula?
Primo – Demanda-se um maior dinamismo nas aulas e a valorização da expressão multimídia: usar fotos, sons, textos em blogs para os estudante poderem valorizar aquela linguagem que eles conhecem. Se não se fizer isso, fica um hiato muito grande entre linguagem do aluno e do professor.
ZH – Os jovens de hoje têm menor capacidade de concentração?
Primo – Uma vez escutei que havia professores que ensinavam em blocos de 15 minutos e contavam uma piada, para seguir o ritmo da televisão. Agora, percebemos uma mudança, as pessoas se afastando da TV e indo para o computador, onde a dedicação é total. Ficam horas no computador. A diferença é que hoje se navega em muitas janelas ao mesmo tempo. O jovem conversa, navega, vê vídeos, tudo ao mesmo tempo. Então, é uma concentração fragmentada.
ZH – A internet estimula a cópia de trabalhos?
Primo – O plágio, a cola da enciclopédia sempre existiu. Eu lembro de fazer isso quando criança, vários alunos copiavam informações das enciclopédias, o professor recebia muitas cópias e nem se dava conta. Não é um problema novo, da internet. O interessante é que o aluno comece a reconhecer a importância da consulta às fontes e de valorizar a autoria, não minimizar a importância da busca de informações e citações.
Publicado em 12/02/2009
ZERO HORA
X da Educação 01/04/2009 10h59min
“Alguns alunos sofrem mais do que os outros”
Entrevista: Professora de Ensino Fundamental
Professora de uma escola pública da Região Metropolitana que prefere não se identificar e não localizar o estabelecimento para evitar represálias e constrangimento, uma educadora conversou ontem à tarde com Zero Hora e descreveu algumas das turbulências que costumam afetar o período de recreio e preocupar alunos, pais e responsáveis pelas escolas.
A seguir, um resumo da entrevista:
Zero Hora – Por que o recreio é um período complicado?
Professora – Tem um foco de violência, da comunidade ao redor que quer entrar na área da escola, e conflitos entre os próprios adolescentes. Não temos guardas, que teriam uma capacidade maior de intimidar. Os porteiros acabam fazendo essa função de intimidar conflitos que possam ocorrer.
ZH – Precisaria de guarda?
Professora – Com porteiro, já tem um controle maior, mas não total. Na verdade, não dá para controlar só por meio disso. Tem de trabalhar a questão da paz, da violência, que é uma realidade mundial. O porteiro ajuda muito por sua presença no pátio, embora vigiar os alunos nem seja a sua função. Um guarda iria inibir mais, mas também não iria resolver tudo.
ZH – Que tipo de problemas costumam ocorrer durante o recreio?
Professora – Em algumas escolas, a direção acompanha, fica presente durante o recreio, e isso intimida a violência entre os alunos. Além disso, contribui para controlar a entrada de quem não seja da escola. Mas onde há menos vigilância, há conflito entre os estudantes.
ZH – Com agressões físicas, até.Professora – Às vezes, com agressão física, embora não aconteça seguido, mas acontece. Também preocupam essas tentativas da comunidade em volta, algum ex-aluno, ou namorado de aluna, que quer entrar. Não sabemos quem é a pessoa, o que ela quer, então é complicado porque somos responsáveis pela proteção de quem é aluno.
ZH – Há muita hostilidade contra alguns estudantes?
Professora – Há alunos que sofrem mais do que os outros. Mas, na maior parte das vezes, se concentra em momentos de conflito. Não é sempre. O recreio é o maior momento de interação entre os colegas. Tem gente que acaba indo para a escola pelo recreio.
Saiba mais: Recreio sem diversão e com violência
“Alguns alunos sofrem mais do que os outros”
Entrevista: Professora de Ensino Fundamental
Professora de uma escola pública da Região Metropolitana que prefere não se identificar e não localizar o estabelecimento para evitar represálias e constrangimento, uma educadora conversou ontem à tarde com Zero Hora e descreveu algumas das turbulências que costumam afetar o período de recreio e preocupar alunos, pais e responsáveis pelas escolas.
A seguir, um resumo da entrevista:
Zero Hora – Por que o recreio é um período complicado?
Professora – Tem um foco de violência, da comunidade ao redor que quer entrar na área da escola, e conflitos entre os próprios adolescentes. Não temos guardas, que teriam uma capacidade maior de intimidar. Os porteiros acabam fazendo essa função de intimidar conflitos que possam ocorrer.
ZH – Precisaria de guarda?
Professora – Com porteiro, já tem um controle maior, mas não total. Na verdade, não dá para controlar só por meio disso. Tem de trabalhar a questão da paz, da violência, que é uma realidade mundial. O porteiro ajuda muito por sua presença no pátio, embora vigiar os alunos nem seja a sua função. Um guarda iria inibir mais, mas também não iria resolver tudo.
ZH – Que tipo de problemas costumam ocorrer durante o recreio?
Professora – Em algumas escolas, a direção acompanha, fica presente durante o recreio, e isso intimida a violência entre os alunos. Além disso, contribui para controlar a entrada de quem não seja da escola. Mas onde há menos vigilância, há conflito entre os estudantes.
ZH – Com agressões físicas, até.Professora – Às vezes, com agressão física, embora não aconteça seguido, mas acontece. Também preocupam essas tentativas da comunidade em volta, algum ex-aluno, ou namorado de aluna, que quer entrar. Não sabemos quem é a pessoa, o que ela quer, então é complicado porque somos responsáveis pela proteção de quem é aluno.
ZH – Há muita hostilidade contra alguns estudantes?
Professora – Há alunos que sofrem mais do que os outros. Mas, na maior parte das vezes, se concentra em momentos de conflito. Não é sempre. O recreio é o maior momento de interação entre os colegas. Tem gente que acaba indo para a escola pelo recreio.
Saiba mais: Recreio sem diversão e com violência
O X da Educação 31/03/2009 08h40min
Tem que agir, diz intérprete de pai permissivo na novela das oito
Entrevista com Antonio Calloni, o César de Caminho das Índias, da Rede Globo
Aos 47 anos, Antonio Calloni dá vida a César, um pai sem caráter que aplaude as atitudes violentas do filho Zeca (Duda Nagle), estudante encrenqueiro e de péssimo comportamento na escola.
César e Zeca, personagens controversos na novela Caminho das Índias, da Rede Globo, despertam, aos poucos, uma discussão nacional sobre as consequências na permissividade no comportamento de crianças e adolescentes.
Calloni conversou com ZH sobre César, filhos e violência. A seguir, trechos da conversa:
Zero Hora – Como tem sido a repercussão do personagem César?
Antonio Calloni – Por meio do César, você discute a falta de ética, o abuso do poder, a falta de limites da educação de um filho, que tem a ver diretamente com a violência escolar. As pessoas que fiquem indignadas com o personagem, que fiquem indignadas com a ficção, mas, principalmente, que fiquem indignadas com a vida real. Não adianta só ficar indignado, tem de agir. O Brasil precisa de ação. Como pai, a gente pode ajudar estando sempre perto do filho, tendo uma afetividade saudável, não uma afetividade deformada, achando que tudo o que o filho fala é bom. Ele tem de ter limites.
ZH – O senhor fala que o Brasil “precisa de ação”. Que tipo de ação?
Calloni – Uma ação mais efetiva dos poderes públicos. A nossa ação é o nosso trabalho. Com o nosso trabalho, pagamos impostos. Isso já é uma ação concreta. Aliado a isso, a reivindicação perante os poderes públicos de tomarem uma atitude concreta em relação à punição de uma agressão na escola, a resolução definitiva do problema da violência no Brasil.
ZH – De que forma o César pode contribuir para uma discussão nacional sobre violência nas escolas?
Calloni – Pelas próprias atitudes dele. O César é o primeiro mau exemplo. Acho que você também educa através do mau exemplo: não façam como o César! São atitudes atrozes.
ZH – O que as pessoas dizem na rua?
Calloni – A repercussão é maravilhosa. Apesar de não ser vilão, ele é pior do que um vilão porque ele não é mau-caráter, ele simplesmente não tem caráter. As pessoas falam com muita raiva, mas com um sorriso no rosto. Percebem a intenção do trabalho e, ao mesmo tempo, ficam indignadas com o personagem.
ZH – Até que ponto figuras paternas determinam o caráter de um filho?
Calloni – O exemplo masculino inevitável é o pai, né. Então, acho que a educação precisa ser muito mais através de atitudes do que de discurso bonito. Você precisa ter atitudes éticas perante o seu filho, nunca querendo que ele pense que você é um super-herói, mas sempre mostrando os teus defeitos, as tuas fragilidades.
ZERO HORA
Tem que agir, diz intérprete de pai permissivo na novela das oito
Entrevista com Antonio Calloni, o César de Caminho das Índias, da Rede Globo
Aos 47 anos, Antonio Calloni dá vida a César, um pai sem caráter que aplaude as atitudes violentas do filho Zeca (Duda Nagle), estudante encrenqueiro e de péssimo comportamento na escola.
César e Zeca, personagens controversos na novela Caminho das Índias, da Rede Globo, despertam, aos poucos, uma discussão nacional sobre as consequências na permissividade no comportamento de crianças e adolescentes.
Calloni conversou com ZH sobre César, filhos e violência. A seguir, trechos da conversa:
Zero Hora – Como tem sido a repercussão do personagem César?
Antonio Calloni – Por meio do César, você discute a falta de ética, o abuso do poder, a falta de limites da educação de um filho, que tem a ver diretamente com a violência escolar. As pessoas que fiquem indignadas com o personagem, que fiquem indignadas com a ficção, mas, principalmente, que fiquem indignadas com a vida real. Não adianta só ficar indignado, tem de agir. O Brasil precisa de ação. Como pai, a gente pode ajudar estando sempre perto do filho, tendo uma afetividade saudável, não uma afetividade deformada, achando que tudo o que o filho fala é bom. Ele tem de ter limites.
ZH – O senhor fala que o Brasil “precisa de ação”. Que tipo de ação?
Calloni – Uma ação mais efetiva dos poderes públicos. A nossa ação é o nosso trabalho. Com o nosso trabalho, pagamos impostos. Isso já é uma ação concreta. Aliado a isso, a reivindicação perante os poderes públicos de tomarem uma atitude concreta em relação à punição de uma agressão na escola, a resolução definitiva do problema da violência no Brasil.
ZH – De que forma o César pode contribuir para uma discussão nacional sobre violência nas escolas?
Calloni – Pelas próprias atitudes dele. O César é o primeiro mau exemplo. Acho que você também educa através do mau exemplo: não façam como o César! São atitudes atrozes.
ZH – O que as pessoas dizem na rua?
Calloni – A repercussão é maravilhosa. Apesar de não ser vilão, ele é pior do que um vilão porque ele não é mau-caráter, ele simplesmente não tem caráter. As pessoas falam com muita raiva, mas com um sorriso no rosto. Percebem a intenção do trabalho e, ao mesmo tempo, ficam indignadas com o personagem.
ZH – Até que ponto figuras paternas determinam o caráter de um filho?
Calloni – O exemplo masculino inevitável é o pai, né. Então, acho que a educação precisa ser muito mais através de atitudes do que de discurso bonito. Você precisa ter atitudes éticas perante o seu filho, nunca querendo que ele pense que você é um super-herói, mas sempre mostrando os teus defeitos, as tuas fragilidades.
ZERO HORA
O X da Educação 10/06/2009 17h10min
Reprovação no Ensino Médio dobra em nove anos no país
Piora é reflexo de problemas no currículo, afirmam educadores
A proporção de alunos do Ensino Médio que repete de ano no país chegou a 12,7% em 2007, o dobro do que em 1998, apontam dados do Ministério da Educação divulgados ontem em relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Educadores afirmam que a piora é reflexo de problemas no currículo, centrado em conhecimentos específicos das matérias (diversas fórmulas em química ou física, por exemplo, sem que o aluno entenda a importância e a aplicação delas). Os alunos, dizem eles, não têm motivação para a escola, que não prepara para o mercado nem para a universidade. A repetência também aumentou no Ensino Fundamental, mas de forma menos acentuada (veja quadro).
O MEC afirma que, para melhorar o Ensino Médio, busca diversificar a etapa, com ampliação da oferta de ensino profissionalizante e a possibilidade de mudanças no currículo – proposta analisada pelo Conselho Nacional de Educação.
Além de apontar deficiências, o relatório mostra avanços na educação, principalmente em número de matrículas.
ZERO HORA
Reprovação no Ensino Médio dobra em nove anos no país
Piora é reflexo de problemas no currículo, afirmam educadores
A proporção de alunos do Ensino Médio que repete de ano no país chegou a 12,7% em 2007, o dobro do que em 1998, apontam dados do Ministério da Educação divulgados ontem em relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Educadores afirmam que a piora é reflexo de problemas no currículo, centrado em conhecimentos específicos das matérias (diversas fórmulas em química ou física, por exemplo, sem que o aluno entenda a importância e a aplicação delas). Os alunos, dizem eles, não têm motivação para a escola, que não prepara para o mercado nem para a universidade. A repetência também aumentou no Ensino Fundamental, mas de forma menos acentuada (veja quadro).
O MEC afirma que, para melhorar o Ensino Médio, busca diversificar a etapa, com ampliação da oferta de ensino profissionalizante e a possibilidade de mudanças no currículo – proposta analisada pelo Conselho Nacional de Educação.
Além de apontar deficiências, o relatório mostra avanços na educação, principalmente em número de matrículas.
ZERO HORA
X da Educação 28/05/2009 14h50min
Censo aponta falta de formação na escola
Segundo o MEC, 20% dos professores brasileiros não têm habilitação exigida para a função
Um em cada cinco professores de Educação Básica (20%) não poderia dar aulas, se a legislação fosse levada ao pé da letra no país. Ao todo, pelo menos 382 mil professores do total de 1,9 milhão de profissionais em atividade precisam de um diploma imediatamente, revela estudo que será lançado hoje pelo Ministério da Educação (MEC), com dados de 2007.
Asituação mais preocupante é dos professores leigos – aqueles que só cursaram o Ensino Fundamental ou o Ensino Médio regular. Isso significa que eles sequer poderiam lecionar em creches, pré-escolas ou turmas da 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental.
– A creche e a pré-escola são espaços importantes para as crianças terem acessos a normas da vida em grupo. Se elas são cuidadas por pessoas sem uma formação específica para lidar com a primeira infância, eles terão cuidado, mas não terão a educação – avalia a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda.
Outros 136 mil professores estão em situação irregular: concluíram apenas o magistério, mas lecionam nas séries finais do ensino fundamental (5ª a 8ª séries) ou até no médio. Para dar aulas da 5ª série em diante, a lei exige a graduação em curso de licenciatura.
Para mudar esse cenário, o Ministério da Educação deve apresentar hoje ou nos próximos dias um projeto de lei que prevê a obrigatoriedade de uma graduação em nível superior para todos os professores da educação. Pela proposta, o curso superior de licenciatura passará a ser a formação mínima obrigatória para os docentes dos anos iniciais do ensino fundamental. Para professores de educação infantil, nada muda: os requisitos continuarão a ser apenas o Ensino Médio.
A proposta integra o Plano Nacional de Formação dos Professores, que prevê ainda a oferta, em 90 universidades públicas, de 330 mil vagas extras para formar os docentes que já atuam na rede e não têm graduação. Vinte e um Estados elaboraram seus planos e encaminharam as demandas de formação às instituições de ensino que começam a preparação desses profissionais já no próximo semestre. O ministro da Educação, Fernando Haddad, acredita que até 2014 será possível qualificar todos os professores da rede que necessitam de formação. O MEC repassará às instituições de ensino R$ 1,9 bilhão de recursos extras para custear essa formação.
– Nossa pretensão é oferecer a oportunidade a todos os docentes em serviço. A ideia é estabelecer isso como um direito: todo professor tem direito a formação adequada, tanto quanto todo aluno tem direito a matrícula na escola pública – comparou.
ZERO HORA
Censo aponta falta de formação na escola
Segundo o MEC, 20% dos professores brasileiros não têm habilitação exigida para a função
Um em cada cinco professores de Educação Básica (20%) não poderia dar aulas, se a legislação fosse levada ao pé da letra no país. Ao todo, pelo menos 382 mil professores do total de 1,9 milhão de profissionais em atividade precisam de um diploma imediatamente, revela estudo que será lançado hoje pelo Ministério da Educação (MEC), com dados de 2007.
Asituação mais preocupante é dos professores leigos – aqueles que só cursaram o Ensino Fundamental ou o Ensino Médio regular. Isso significa que eles sequer poderiam lecionar em creches, pré-escolas ou turmas da 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental.
– A creche e a pré-escola são espaços importantes para as crianças terem acessos a normas da vida em grupo. Se elas são cuidadas por pessoas sem uma formação específica para lidar com a primeira infância, eles terão cuidado, mas não terão a educação – avalia a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda.
Outros 136 mil professores estão em situação irregular: concluíram apenas o magistério, mas lecionam nas séries finais do ensino fundamental (5ª a 8ª séries) ou até no médio. Para dar aulas da 5ª série em diante, a lei exige a graduação em curso de licenciatura.
Para mudar esse cenário, o Ministério da Educação deve apresentar hoje ou nos próximos dias um projeto de lei que prevê a obrigatoriedade de uma graduação em nível superior para todos os professores da educação. Pela proposta, o curso superior de licenciatura passará a ser a formação mínima obrigatória para os docentes dos anos iniciais do ensino fundamental. Para professores de educação infantil, nada muda: os requisitos continuarão a ser apenas o Ensino Médio.
A proposta integra o Plano Nacional de Formação dos Professores, que prevê ainda a oferta, em 90 universidades públicas, de 330 mil vagas extras para formar os docentes que já atuam na rede e não têm graduação. Vinte e um Estados elaboraram seus planos e encaminharam as demandas de formação às instituições de ensino que começam a preparação desses profissionais já no próximo semestre. O ministro da Educação, Fernando Haddad, acredita que até 2014 será possível qualificar todos os professores da rede que necessitam de formação. O MEC repassará às instituições de ensino R$ 1,9 bilhão de recursos extras para custear essa formação.
– Nossa pretensão é oferecer a oportunidade a todos os docentes em serviço. A ideia é estabelecer isso como um direito: todo professor tem direito a formação adequada, tanto quanto todo aluno tem direito a matrícula na escola pública – comparou.
ZERO HORA
Educação: AS MARCAS DA VIDA
Manoel Jesus, Professor de Comunicação da UCPel
Alguns podem me acusar de saudosismo, mas não é assim. Infelizmente, no que se refere à educação, involuímos, voltamos tristemente para trás. Havia uma fórmula simples, mas eficaz: as famílias davam os primeiros ensinamentos, especialmente no que se referia aos valores e às referências, auxiliadas pelas igrejas, e quando a criança chegava ao ensino formal já tinha um lastro, em condições de alcançar o seu desenvolvimento.
Onde deu errado? Já foi dito: a família foi colocada em xeque, mesmo que não se tenha encontrado nenhuma estrutura alternativa em condições de suprir as carências dos primeiros anos. A mãe, como referência em educação, precisou sair para o trabalho, complementando a renda familiar; enquanto a autoridade do pai passou a ser questionada, nas coisas mais simples, como uma palmada, que pode ser pedagógica, na maior parte das vezes doendo mais em quem dá do que em quem recebe.
As igrejas perderam a sua força e bispos, padres, pastores, hoje, são apenas vistos como “figuras interessantes”, mas não ditam normas e orientações para a maior parte da população. E a educação formal, especialmente a pública, enfrenta grandes e sérios problemas, sem solução a curto ou médio prazo. Isto é um raio-X superficial de uma questão onde as perguntas são muitas e as respostas poucas. Não podemos voltar ao passado para refazer o caminho onde erramos, mas também não podemos descartar as experiências que deram certo.
Tenho visto escolas anunciarem um ensino de qualidade e “puxado”, onde as normas são claras e cobradas dos alunos, professores e pais. E, depois de todas as experiências “democráticas”, os responsáveis entendem que há regras que precisam ser seguidas e produtividade que precisa ser cobrada para que se desenvolvam padrões de aprendizado.
Não estou advogando “linha dura” nos colégios, mas que entre a oferta de ensino, convívio, prática esportiva, muitas vezes a própria alimentação, fique claro para alunos e seus pais que não há vitórias no ensino sem que haja esforço e colaboração. Não há professores “bonzinhos”, ou “maus”. Há preocupação com aqueles que julgam que “dando uma mãozinha”, agora, vão se dar bem mais adiante. Não vão. Esta etapa só pode ser vencida por quem entende que a cumplicidade entre educando e educador está, sim, numa cobrança recíproca que deixe marcas para sempre. As marcas que indicam os caminhos da própria vida.
Publicado em 27/02/2009
Manoel Jesus, Professor de Comunicação da UCPel
Alguns podem me acusar de saudosismo, mas não é assim. Infelizmente, no que se refere à educação, involuímos, voltamos tristemente para trás. Havia uma fórmula simples, mas eficaz: as famílias davam os primeiros ensinamentos, especialmente no que se referia aos valores e às referências, auxiliadas pelas igrejas, e quando a criança chegava ao ensino formal já tinha um lastro, em condições de alcançar o seu desenvolvimento.
Onde deu errado? Já foi dito: a família foi colocada em xeque, mesmo que não se tenha encontrado nenhuma estrutura alternativa em condições de suprir as carências dos primeiros anos. A mãe, como referência em educação, precisou sair para o trabalho, complementando a renda familiar; enquanto a autoridade do pai passou a ser questionada, nas coisas mais simples, como uma palmada, que pode ser pedagógica, na maior parte das vezes doendo mais em quem dá do que em quem recebe.
As igrejas perderam a sua força e bispos, padres, pastores, hoje, são apenas vistos como “figuras interessantes”, mas não ditam normas e orientações para a maior parte da população. E a educação formal, especialmente a pública, enfrenta grandes e sérios problemas, sem solução a curto ou médio prazo. Isto é um raio-X superficial de uma questão onde as perguntas são muitas e as respostas poucas. Não podemos voltar ao passado para refazer o caminho onde erramos, mas também não podemos descartar as experiências que deram certo.
Tenho visto escolas anunciarem um ensino de qualidade e “puxado”, onde as normas são claras e cobradas dos alunos, professores e pais. E, depois de todas as experiências “democráticas”, os responsáveis entendem que há regras que precisam ser seguidas e produtividade que precisa ser cobrada para que se desenvolvam padrões de aprendizado.
Não estou advogando “linha dura” nos colégios, mas que entre a oferta de ensino, convívio, prática esportiva, muitas vezes a própria alimentação, fique claro para alunos e seus pais que não há vitórias no ensino sem que haja esforço e colaboração. Não há professores “bonzinhos”, ou “maus”. Há preocupação com aqueles que julgam que “dando uma mãozinha”, agora, vão se dar bem mais adiante. Não vão. Esta etapa só pode ser vencida por quem entende que a cumplicidade entre educando e educador está, sim, numa cobrança recíproca que deixe marcas para sempre. As marcas que indicam os caminhos da própria vida.
Publicado em 27/02/2009
segunda-feira, 8 de junho de 2009
MEMORIAL MARIA HELENA OLIVEIRA
Estou fazendo o curso de pós-graduação. Depois de 28 anos de magistério e de ter formado minhas duas filhas resolvi fazer Pós-Graduação em PROEJA no CEFET de São Vicente do Sul. Não podia deixar escapar esta oportunidade, porque estou fazendo sem ônus e não preciso me deslocar da minha cidade. Fazer este curso em fim de carreira e voltar a estudar para mim é muito importante, porque além de aprender, vou ter mais conhecimento e vou crescer como ser humano.
Fiz meu primeiro vestibular para Farmácia, mas não consegui passar. No segundo, também. Sem poder pagar um cursinho, trabalhando para me sustentar, não tinha muitas condições para passar em Farmácia, mas mesmo assim fiz pela terceira vez e, como segunda opção, Letras.
Não passei de novo, mas me chamaram na segunda opção. Iniciei o curso de Letras em 1976 para não perder mais um ano. E foi aí que a coisa mudou. No segundo ano de faculdade, consegui trabalho como professora, que na época podia, e comecei a gostar de lecionar. Fui fazendo a faculdade aos poucos, quer dizer, cursava três disciplinas por semestre, pois precisava trabalhar. Em l979 casei e fui morar em Alegrete. Fui transferida para a Escola Estadual Polivalente e estudava à noite. Nesse meio tempo tive duas filhas. Em l983, terminei a Faculdade. Não tive problema para conseguir emprego, pois já lecionava e continuei trabalhando na mesma escola. Em l985 mudamos para o estado de Mato Grosso do Sul, na cidade de Dourados, onde tive uma experiência ruim de chegada. Substituí uma professora numa turma de 8ª série e tive que lidar com alunos com todos os tipos de problemas. Muitos pais desses alunos estavam presos por assassinato, roubo e drogas. No primeiro dia de aula o líder do grupo me disse que eu não daria aula pra eles, porque ele não queria, pois a professora que eu estava substituindo era muito boa e que até no seu colo ela sentava. Nesse momento, quase desisti da profissão, mas era isso que eu tinha escolhido para mim, era disso que eu gostava. Então, não seria por isso que eu iria desistir. Quando já estava dando certo meu trabalho com a turma, tive que ir embora para outra cidade perto dali, não por minha desistência, mas porque meu marido foi transferido para outra cidade, Maracaju, onde trabalhei por alguns anos. Dava aula para o curso do Magistério e Contabilidade. Aprendi muito nessa época. Fazíamos muitos cursos de formação, mas sempre faltava alguma coisa.
Em l989 mudamos de estado novamente e fui parar no estado do Piauí, precisamente em Uruçuí. Minhas duas filhas pequenas, já em idade escolar, foram para uma escola particular. Convidaram-me para lecionar, pois estavam precisando de professor. Trabalhei no Educandário Nossa Senhora da Conceição por quatro anos. Apesar de ser um estado muito pobre, tinha uma coisa muito boa, o professor era valorizado, pelos alunos e pelos pais.
Voltamos para o nosso estado em l994, por causa de nossas famílias.
Trabalhei um ano em Restinga Seca e viemos morar em São Vicente do Sul. Desde que aqui chegamos e que comecei a trabalhar na Escola Estadual São Vicente com o ensino regular, me questionava se os alunos estavam aprendendo como eu desejava que eles aprendessem. Eu não queria quantidade e sim qualidade. Nós vamos inventando e reinventando métodos. Em 2000, a escola São Vicente abriu o curso da Educação de Jovens e Adultos. A EJA é uma referência em termos de currículo para nós, professores, que trabalhamos com ela. Por que não trabalhar com o ensino regular do mesmo modo que trabalhamos com a EJA?
Minha neta, Luana, minha paixão, que tem apenas sete anos disse para a professora dela, a Ana Paula, nossa colega neste curso, que ela tem professora particular de Inglês, a Vó Maruti, no caso eu. Pergunto-me: Que grande responsabilidade é a minha de transmitir aquilo que eu sei, de uma maneira tão simples para que ela entenda?
Meus questionamentos vão se esclarecendo um pouco, mas ainda não cheguei ao ideal. Como ser e pensar para me aproximar daquilo que quero?
Estou fazendo o curso de pós-graduação. Depois de 28 anos de magistério e de ter formado minhas duas filhas resolvi fazer Pós-Graduação em PROEJA no CEFET de São Vicente do Sul. Não podia deixar escapar esta oportunidade, porque estou fazendo sem ônus e não preciso me deslocar da minha cidade. Fazer este curso em fim de carreira e voltar a estudar para mim é muito importante, porque além de aprender, vou ter mais conhecimento e vou crescer como ser humano.
Fiz meu primeiro vestibular para Farmácia, mas não consegui passar. No segundo, também. Sem poder pagar um cursinho, trabalhando para me sustentar, não tinha muitas condições para passar em Farmácia, mas mesmo assim fiz pela terceira vez e, como segunda opção, Letras.
Não passei de novo, mas me chamaram na segunda opção. Iniciei o curso de Letras em 1976 para não perder mais um ano. E foi aí que a coisa mudou. No segundo ano de faculdade, consegui trabalho como professora, que na época podia, e comecei a gostar de lecionar. Fui fazendo a faculdade aos poucos, quer dizer, cursava três disciplinas por semestre, pois precisava trabalhar. Em l979 casei e fui morar em Alegrete. Fui transferida para a Escola Estadual Polivalente e estudava à noite. Nesse meio tempo tive duas filhas. Em l983, terminei a Faculdade. Não tive problema para conseguir emprego, pois já lecionava e continuei trabalhando na mesma escola. Em l985 mudamos para o estado de Mato Grosso do Sul, na cidade de Dourados, onde tive uma experiência ruim de chegada. Substituí uma professora numa turma de 8ª série e tive que lidar com alunos com todos os tipos de problemas. Muitos pais desses alunos estavam presos por assassinato, roubo e drogas. No primeiro dia de aula o líder do grupo me disse que eu não daria aula pra eles, porque ele não queria, pois a professora que eu estava substituindo era muito boa e que até no seu colo ela sentava. Nesse momento, quase desisti da profissão, mas era isso que eu tinha escolhido para mim, era disso que eu gostava. Então, não seria por isso que eu iria desistir. Quando já estava dando certo meu trabalho com a turma, tive que ir embora para outra cidade perto dali, não por minha desistência, mas porque meu marido foi transferido para outra cidade, Maracaju, onde trabalhei por alguns anos. Dava aula para o curso do Magistério e Contabilidade. Aprendi muito nessa época. Fazíamos muitos cursos de formação, mas sempre faltava alguma coisa.
Em l989 mudamos de estado novamente e fui parar no estado do Piauí, precisamente em Uruçuí. Minhas duas filhas pequenas, já em idade escolar, foram para uma escola particular. Convidaram-me para lecionar, pois estavam precisando de professor. Trabalhei no Educandário Nossa Senhora da Conceição por quatro anos. Apesar de ser um estado muito pobre, tinha uma coisa muito boa, o professor era valorizado, pelos alunos e pelos pais.
Voltamos para o nosso estado em l994, por causa de nossas famílias.
Trabalhei um ano em Restinga Seca e viemos morar em São Vicente do Sul. Desde que aqui chegamos e que comecei a trabalhar na Escola Estadual São Vicente com o ensino regular, me questionava se os alunos estavam aprendendo como eu desejava que eles aprendessem. Eu não queria quantidade e sim qualidade. Nós vamos inventando e reinventando métodos. Em 2000, a escola São Vicente abriu o curso da Educação de Jovens e Adultos. A EJA é uma referência em termos de currículo para nós, professores, que trabalhamos com ela. Por que não trabalhar com o ensino regular do mesmo modo que trabalhamos com a EJA?
Minha neta, Luana, minha paixão, que tem apenas sete anos disse para a professora dela, a Ana Paula, nossa colega neste curso, que ela tem professora particular de Inglês, a Vó Maruti, no caso eu. Pergunto-me: Que grande responsabilidade é a minha de transmitir aquilo que eu sei, de uma maneira tão simples para que ela entenda?
Meus questionamentos vão se esclarecendo um pouco, mas ainda não cheguei ao ideal. Como ser e pensar para me aproximar daquilo que quero?
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Publicação: 02.06.09-10:40 Atualização: 02.06.09-10:43
http://www.estado.rs.gov.br/
Aberta seleção de textos para o programa Crianças do Rio Grande Escrevendo HistóriasAlunos de todas as séries do Ensino Fundamental das escolas estaduais podem encaminhar trabalhos para o Programa Crianças do Rio Grande Escrevendo Histórias, organizado pela Secretaria Estadual da Educação, por meio do Sistema Estadual de Bibliotecas Escolares. Os interessados devem encaminhar material até 30 de junho, por meio das Coordenadorias Regionais de Educação (CREs).
Os melhores textos e produções gráficas selecionados serão publicados em livro, que será lançado na Feira do Livro de Porto Alegre. O Programa Crianças do Rio Grande Escrevendo Histórias tem como objetivo a formação do hábito da leitura, produção textual e valorização do aluno no contexto educacional.
Outras informações podem ser obtidas diretamente com o Sistema Estadual de Bibliotecas Escolares, pelo telefones: (51) 3288-4793, 3288-4785 e 3288-4857.
http://www.estado.rs.gov.br/
Aberta seleção de textos para o programa Crianças do Rio Grande Escrevendo HistóriasAlunos de todas as séries do Ensino Fundamental das escolas estaduais podem encaminhar trabalhos para o Programa Crianças do Rio Grande Escrevendo Histórias, organizado pela Secretaria Estadual da Educação, por meio do Sistema Estadual de Bibliotecas Escolares. Os interessados devem encaminhar material até 30 de junho, por meio das Coordenadorias Regionais de Educação (CREs).
Os melhores textos e produções gráficas selecionados serão publicados em livro, que será lançado na Feira do Livro de Porto Alegre. O Programa Crianças do Rio Grande Escrevendo Histórias tem como objetivo a formação do hábito da leitura, produção textual e valorização do aluno no contexto educacional.
Outras informações podem ser obtidas diretamente com o Sistema Estadual de Bibliotecas Escolares, pelo telefones: (51) 3288-4793, 3288-4785 e 3288-4857.
Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares
Site Ministério da Educação
( 'Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares' );
As famílias podem se envolver ativamente nas decisões tomadas pelas escolas dos seus filhos. Candidatar-se a uma vaga no conselho escolar é uma boa maneira de acompanhar e auxiliar o trabalho dos gestores escolares.
Os conselhos escolares são constituídos por pais, representantes de alunos, professores, funcionários, membros da comunidade e diretores de escola. Cada escola deve estabelecer regras transparentes e democráticas de eleição dos membros do conselho.
Cabe ao conselho zelar pela manutenção da escola e monitorar as ações dos dirigentes escolares a fim de assegurar a qualidade do ensino. Eles têm funções deliberativas, consultivas e mobilizadoras, fundamentais para a gestão democrática das escolas públicas.
Entre as atividades dos conselheiros estão, por exemplo, fiscalizar a aplicação dos recursos destinados à escola e discutir o projeto pedagógico com a direção e os professores.
Site Ministério da Educação
( 'Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares' );
As famílias podem se envolver ativamente nas decisões tomadas pelas escolas dos seus filhos. Candidatar-se a uma vaga no conselho escolar é uma boa maneira de acompanhar e auxiliar o trabalho dos gestores escolares.
Os conselhos escolares são constituídos por pais, representantes de alunos, professores, funcionários, membros da comunidade e diretores de escola. Cada escola deve estabelecer regras transparentes e democráticas de eleição dos membros do conselho.
Cabe ao conselho zelar pela manutenção da escola e monitorar as ações dos dirigentes escolares a fim de assegurar a qualidade do ensino. Eles têm funções deliberativas, consultivas e mobilizadoras, fundamentais para a gestão democrática das escolas públicas.
Entre as atividades dos conselheiros estão, por exemplo, fiscalizar a aplicação dos recursos destinados à escola e discutir o projeto pedagógico com a direção e os professores.
ZERO HORA
Política 03/06/2009 06h50min
Pesquisa Datafolha: reprovação a Yeda é a maior já registrada a um governador
Gestão da tucana é considerada ruim ou péssima por 51% dos entrevistados
A gestão de Yeda Crusius no Rio Grande do Sul é considerada ruim ou péssima por 51% dos entrevistados em pesquisa do Datafolha. O índice de reprovação é o maior já registrado a um governador nessas pesquisas — até então, o recorde era do governador de Santa Catarina Paulo Afonso (PMDB), com 48% em dezembro de 1998. Além disso, 57% disseram acreditar em corrupção no governo estadual — desse total, 70% defendem o impeachment de Yeda. Ainda dentro desse grupo, 88% são favoráveis à criação de uma CPI para apurar o envolvimento da governadora. Outros 55% apontam que a tucana tem muita responsabilidade no caso. Os dados foram publicados nesta quarta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. Os entrevistados foram ouvidos pelo Datafolha entre 26 e 28 de maio. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A avaliação do resultado, feita pelo diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, é de que "a pesquisa é sempre influenciada pelo noticiário mais recente, mas não deixa de ser a percepção que a população tem do governo". A nota média da administração estadual caiu de 4,3 em março para 4 em maio.
Política 03/06/2009 06h50min
Pesquisa Datafolha: reprovação a Yeda é a maior já registrada a um governador
Gestão da tucana é considerada ruim ou péssima por 51% dos entrevistados
A gestão de Yeda Crusius no Rio Grande do Sul é considerada ruim ou péssima por 51% dos entrevistados em pesquisa do Datafolha. O índice de reprovação é o maior já registrado a um governador nessas pesquisas — até então, o recorde era do governador de Santa Catarina Paulo Afonso (PMDB), com 48% em dezembro de 1998. Além disso, 57% disseram acreditar em corrupção no governo estadual — desse total, 70% defendem o impeachment de Yeda. Ainda dentro desse grupo, 88% são favoráveis à criação de uma CPI para apurar o envolvimento da governadora. Outros 55% apontam que a tucana tem muita responsabilidade no caso. Os dados foram publicados nesta quarta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. Os entrevistados foram ouvidos pelo Datafolha entre 26 e 28 de maio. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A avaliação do resultado, feita pelo diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, é de que "a pesquisa é sempre influenciada pelo noticiário mais recente, mas não deixa de ser a percepção que a população tem do governo". A nota média da administração estadual caiu de 4,3 em março para 4 em maio.
PREFEITURA
Caminhando pelo reajuste
Professores e servidores fizeram protesto pelas ruas e no centro administrativo ontem
PRISCILA ABRANTES
A Praça Saldanha Marinho, o Calçadão Salvador Isaia e a Rua Venâncio Aires foram ocupadas ontem por centenas de professores e servidores municipais que se uniram para pressionar a prefeitura a reavaliar a proposta de reajuste salarial de 2%, mais o acréscimo de R$ 24 no vale-alimentação. Durante o dia, professores e alguns servidores paralisaram as atividades para participar dos protestos organizados pelo Sindicato dos Professores Municipais (Sinprosm) e pelo Sindicato dos Municipários.Munidos de cartazes com frases que faziam referências aos bordões de campanha do prefeito Cezar Schirmer (PMDB), como “Educação com reajuste de 2%, malfeito”, os manifestantes saíram da praça, atravessaram o Calçadão e, dali, seguiram em marcha rumo à prefeitura. Acompanhado de alguns secretários, Schirmer desceu de seu gabinete e falou com os manifestantes. O prefeito colocou para os manifestantes as dificuldades financeiras do município, mas disse que está aberto a negociações.– Os dois sindicatos rejeitaram a nossa proposta. Isso nos obriga a rediscutir. O diálogo está reaberto – afirmou Schirmer.O dirigentes sindicais entregaram duas contrapropostas ao prefeito. Os Municipários pedem 5,87% de reajuste e um abono de R$ 150. Já o Sinprosm quer 27,46%, o que igualaria o salário dos professores ao piso nacional, que é de R$ 950. Hoje, ocorrerá uma nova reunião com a prefeitura.– Só nos reuniremos quando a prefeitura tiver dados objetivos – disse um dos coordenadores do Sinprosm Antonio Lídio Zambon.À tarde, os manifestantes foram à Câmara de Vereadores pedir o apoio dos parlamentares para o governo aumentar a proposta salarial.Paralisação – Profissionais do PA do Patronato também cruzaram os braços durante uma hora em cada turno, ontem, em protesto aos 2%. Das 10h às 11h e das 16h às 17h, só casos de emergência foram atendidos. Os profissionais prometem parar três horas por dia até sair um novo índice.priscila.abrantes@diariosm.com.br
if (display_name == 'Artigo')
document.write('Você também pode publicar um artigo de sua autoria no Diário de Santa Maria.Mande seu texto de 35 linhas de 60 toques para a seção Opinião, Rua Maurício Sirotsky Sobrinho, 25,bairro Patronato, ou pelo e-mail opiniao@diariosm.com.br.');
MAIS
Assembleia
Amanhã, às 16h30min, o Sinprosm realiza outra assembleia, no Clube Caixeiral, para informar a categoria sobre o andamento das negociações com a prefeitura
Multimídia
Professores e servidores se juntaram para pressionar o Executivo a aumentar o índice salarial
Em protesto aos 2%, profissionais do PA paralisaram os atendimentos
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Caminhando pelo reajuste
Professores e servidores fizeram protesto pelas ruas e no centro administrativo ontem
PRISCILA ABRANTES
A Praça Saldanha Marinho, o Calçadão Salvador Isaia e a Rua Venâncio Aires foram ocupadas ontem por centenas de professores e servidores municipais que se uniram para pressionar a prefeitura a reavaliar a proposta de reajuste salarial de 2%, mais o acréscimo de R$ 24 no vale-alimentação. Durante o dia, professores e alguns servidores paralisaram as atividades para participar dos protestos organizados pelo Sindicato dos Professores Municipais (Sinprosm) e pelo Sindicato dos Municipários.Munidos de cartazes com frases que faziam referências aos bordões de campanha do prefeito Cezar Schirmer (PMDB), como “Educação com reajuste de 2%, malfeito”, os manifestantes saíram da praça, atravessaram o Calçadão e, dali, seguiram em marcha rumo à prefeitura. Acompanhado de alguns secretários, Schirmer desceu de seu gabinete e falou com os manifestantes. O prefeito colocou para os manifestantes as dificuldades financeiras do município, mas disse que está aberto a negociações.– Os dois sindicatos rejeitaram a nossa proposta. Isso nos obriga a rediscutir. O diálogo está reaberto – afirmou Schirmer.O dirigentes sindicais entregaram duas contrapropostas ao prefeito. Os Municipários pedem 5,87% de reajuste e um abono de R$ 150. Já o Sinprosm quer 27,46%, o que igualaria o salário dos professores ao piso nacional, que é de R$ 950. Hoje, ocorrerá uma nova reunião com a prefeitura.– Só nos reuniremos quando a prefeitura tiver dados objetivos – disse um dos coordenadores do Sinprosm Antonio Lídio Zambon.À tarde, os manifestantes foram à Câmara de Vereadores pedir o apoio dos parlamentares para o governo aumentar a proposta salarial.Paralisação – Profissionais do PA do Patronato também cruzaram os braços durante uma hora em cada turno, ontem, em protesto aos 2%. Das 10h às 11h e das 16h às 17h, só casos de emergência foram atendidos. Os profissionais prometem parar três horas por dia até sair um novo índice.priscila.abrantes@diariosm.com.br
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document.write('Você também pode publicar um artigo de sua autoria no Diário de Santa Maria.Mande seu texto de 35 linhas de 60 toques para a seção Opinião, Rua Maurício Sirotsky Sobrinho, 25,bairro Patronato, ou pelo e-mail opiniao@diariosm.com.br.');
MAIS
Assembleia
Amanhã, às 16h30min, o Sinprosm realiza outra assembleia, no Clube Caixeiral, para informar a categoria sobre o andamento das negociações com a prefeitura
Multimídia
Professores e servidores se juntaram para pressionar o Executivo a aumentar o índice salarial
Em protesto aos 2%, profissionais do PA paralisaram os atendimentos
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Eu me chamo Vera Lúcia Machado , sou natural de Restinga Seca, Quando terminei o segundo grau fiz concurso para município e comecei a Trabalhar na Escola Francisco Giuliani, e depois fui transferida para São Miguel distrito de Restinga Seca, permanecendo por lá 5 anos, onde eu já fazia a Especialização em Orientação Educacional, na UFSM, mais dois anos.Terminado essa Especialização, retornei a Francisco Giuliani, onde como professora Municipal eu não tinha o famoso Normal, por isso comecei já atuando na Supervisão da Escola.
Nesse meio tempo eu fiz uma Pós graduação em Folclore, a qual não foi reconhecida pelo MEC, pelo fato de ter formado mais de 7 mil profissionais na aréa e ter sido feita no interior do Rio Grande do Sul, apesar de ter custado muito cara.Deixei de fazer na época, pós graduação em Orientação Educacional, para fazer em Folclore.
Antes de me aposentar, fiz o único Concurso que saiu para Especialista em Educação e entrei no Estado do Rio Grande do Sul, já a mais de 16 anos concursada para trabalhar na Equipe Diretiva da Escola, onde estou até hoje.Atualmente tenho mais três pós graduações em Orientação Educacional,Supervisão Escolar e Administração Escolar.
Pretendo agora no final desse mês, fazer vestibular, sem estudar , para Sociologiana UAB, em Restinga. Eu já possuo Registro em Sociologia da Educação, mas quero fazer, somente para conhecimento.
Nesse meio tempo eu fiz uma Pós graduação em Folclore, a qual não foi reconhecida pelo MEC, pelo fato de ter formado mais de 7 mil profissionais na aréa e ter sido feita no interior do Rio Grande do Sul, apesar de ter custado muito cara.Deixei de fazer na época, pós graduação em Orientação Educacional, para fazer em Folclore.
Antes de me aposentar, fiz o único Concurso que saiu para Especialista em Educação e entrei no Estado do Rio Grande do Sul, já a mais de 16 anos concursada para trabalhar na Equipe Diretiva da Escola, onde estou até hoje.Atualmente tenho mais três pós graduações em Orientação Educacional,Supervisão Escolar e Administração Escolar.
Pretendo agora no final desse mês, fazer vestibular, sem estudar , para Sociologiana UAB, em Restinga. Eu já possuo Registro em Sociologia da Educação, mas quero fazer, somente para conhecimento.
terça-feira, 2 de junho de 2009
O bom professor
Viviane Salvi Gertge, professora de matemática
Quando comecei no magistério, em 1980, a noção que se tinha de um professor passava suficientemente pela qualidade de ser o detentor do conhecimento específico de sua área. Se alguém propusesse um estudo voltado para as etapas de desenvolvimento das crianças e de como funciona a cabeça do jovem, de imediato, era visto como matador de tempo.
E por que alunos de 10, 11 anos não conseguiam aprender questões como divisão, expressões numéricas, problemas matemáticos, se fazíamos tantos grupos de estudos e nos esforçávamos para que nossas aulas fossem tão boas que beirassem a perfeição? A resposta veio com a abertura política, estudos e pensadores que nos deram caminhos para reflexão.
Ser professor, hoje em dia, não se resume a um esforço solitário de aquisição e transmissão de conhecimentos. É enxergar que estamos lidando com vidas, conflitos e expectativas. É estar envolvido com pessoas.
Para ser um bom professor, preciso conhecer o meu aluno, sua história, esperanças e sonhos, atribuindo significados aos conteúdos e mobilizando os educandos para que queiram ir mais à frente. Também é importante que o professor leve em consideração que uma sala de aula é um grupo de pessoas e que seu papel é, ou deveria ser, de liderança e de autoridade. Além disso, um bom professor, necessariamente, precisa ser um bom comunicador, para expressar conteúdos e transmitir estados afetivos.
E, finalmente, um bom professor é uma pessoa que ensina, mas que também aprende. É um ser apaixonado pelo que faz e pelos seus alunos. Prepara o ambiente de aprendizado. Não deixa a turma perder os limites, mas sabe rir junto com seus alunos. É uma pessoa que acerta, mas também erra. Caminha com seus alunos. Progride com o seu grupo de trabalho e reconhece que cada um é um ser em desenvolvimento. Acolhe e cuida. É exigente e estimulante.
A tarefa é bastante árdua, pois reunir todas essas características em um só professor é uma meta que pode levar uma vida inteira. Por isso, dizemos que a carreira do magistério é dinâmica e que a capacitação docente é contínua. Começa no primeiro dia em que entramos em uma sala de aula e provavelmente não acabará nunca.
Viviane Salvi Gertge, professora de matemática
Quando comecei no magistério, em 1980, a noção que se tinha de um professor passava suficientemente pela qualidade de ser o detentor do conhecimento específico de sua área. Se alguém propusesse um estudo voltado para as etapas de desenvolvimento das crianças e de como funciona a cabeça do jovem, de imediato, era visto como matador de tempo.
E por que alunos de 10, 11 anos não conseguiam aprender questões como divisão, expressões numéricas, problemas matemáticos, se fazíamos tantos grupos de estudos e nos esforçávamos para que nossas aulas fossem tão boas que beirassem a perfeição? A resposta veio com a abertura política, estudos e pensadores que nos deram caminhos para reflexão.
Ser professor, hoje em dia, não se resume a um esforço solitário de aquisição e transmissão de conhecimentos. É enxergar que estamos lidando com vidas, conflitos e expectativas. É estar envolvido com pessoas.
Para ser um bom professor, preciso conhecer o meu aluno, sua história, esperanças e sonhos, atribuindo significados aos conteúdos e mobilizando os educandos para que queiram ir mais à frente. Também é importante que o professor leve em consideração que uma sala de aula é um grupo de pessoas e que seu papel é, ou deveria ser, de liderança e de autoridade. Além disso, um bom professor, necessariamente, precisa ser um bom comunicador, para expressar conteúdos e transmitir estados afetivos.
E, finalmente, um bom professor é uma pessoa que ensina, mas que também aprende. É um ser apaixonado pelo que faz e pelos seus alunos. Prepara o ambiente de aprendizado. Não deixa a turma perder os limites, mas sabe rir junto com seus alunos. É uma pessoa que acerta, mas também erra. Caminha com seus alunos. Progride com o seu grupo de trabalho e reconhece que cada um é um ser em desenvolvimento. Acolhe e cuida. É exigente e estimulante.
A tarefa é bastante árdua, pois reunir todas essas características em um só professor é uma meta que pode levar uma vida inteira. Por isso, dizemos que a carreira do magistério é dinâmica e que a capacitação docente é contínua. Começa no primeiro dia em que entramos em uma sala de aula e provavelmente não acabará nunca.
Publicação: 01.06.09-14:21 Atualização: 01.06.09-14:48
Abertas inscrições para contratação de professores em seis regiões do EstadoA Secretaria da Educação, por meio de seis Coordenadorias Regionais de Educação (CREs), recebe a partir desta terça-feira (02) inscrições para contratação temporária de professores para séries iniciais e finais do Ensino Fundamental regular, anos iniciais de Educação Especial, Ensino Médio regular e Educação Especial e Educação Profissional. Os candidatos podem inscrever-se nas vagas oferecidas pela rede estadual, de acordo com edital publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), diretamente nas CREs ou pela internet. Os interessados devem procurar as seguintes coordenadorias: Caxias do Sul (4ª CRE), Erechim (15ª), Rio Grande (18ª), Vacaria (23ª), Soledade (25ª) e Ijuí (36ª), das 9h às 11h30min e das 14h às 17h, ou no site www.educacao.rs.gov.br, até 8 de junho. Pode se inscrever o candidato que comprovar habilitação específica para o exercício do magistério no nível de ensino e na disciplina ou área profissional desejada. Também pode se cadastrar aquele que apresentar diploma de curso superior na mesma área (ou em áreas afins), atestado de frequência (a partir do quarto semestre) em curso de formação de professores na disciplina ou área profissional de inscrição e em curso superior na mesma área ou afins. Se o candidato optar pela inscrição presencial, deve portar originais e cópias da carteira de identidade, CPF, título de eleitor, comprovante de votação na última eleição, quitação militar, titulação específica para a área e atestados comprobatórios de regência de classe. Pela Internet, os interessados devem preencher o formulário eletrônico de inscrição com os dados solicitados. Após o preenchimento, o candidato deverá gerar o documento e anexá-lo junto com os comprovantes de titulação e entregar nas CREs ou via correio, até o último dia da inscrição. Também deverá fazer parte da documentação uma declaração do candidato aceitando a contratação, devidamente assinada. A entrega correta de todos os documentos é de inteira responsabilidade do candidato
Abertas inscrições para contratação de professores em seis regiões do EstadoA Secretaria da Educação, por meio de seis Coordenadorias Regionais de Educação (CREs), recebe a partir desta terça-feira (02) inscrições para contratação temporária de professores para séries iniciais e finais do Ensino Fundamental regular, anos iniciais de Educação Especial, Ensino Médio regular e Educação Especial e Educação Profissional. Os candidatos podem inscrever-se nas vagas oferecidas pela rede estadual, de acordo com edital publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), diretamente nas CREs ou pela internet. Os interessados devem procurar as seguintes coordenadorias: Caxias do Sul (4ª CRE), Erechim (15ª), Rio Grande (18ª), Vacaria (23ª), Soledade (25ª) e Ijuí (36ª), das 9h às 11h30min e das 14h às 17h, ou no site www.educacao.rs.gov.br, até 8 de junho. Pode se inscrever o candidato que comprovar habilitação específica para o exercício do magistério no nível de ensino e na disciplina ou área profissional desejada. Também pode se cadastrar aquele que apresentar diploma de curso superior na mesma área (ou em áreas afins), atestado de frequência (a partir do quarto semestre) em curso de formação de professores na disciplina ou área profissional de inscrição e em curso superior na mesma área ou afins. Se o candidato optar pela inscrição presencial, deve portar originais e cópias da carteira de identidade, CPF, título de eleitor, comprovante de votação na última eleição, quitação militar, titulação específica para a área e atestados comprobatórios de regência de classe. Pela Internet, os interessados devem preencher o formulário eletrônico de inscrição com os dados solicitados. Após o preenchimento, o candidato deverá gerar o documento e anexá-lo junto com os comprovantes de titulação e entregar nas CREs ou via correio, até o último dia da inscrição. Também deverá fazer parte da documentação uma declaração do candidato aceitando a contratação, devidamente assinada. A entrega correta de todos os documentos é de inteira responsabilidade do candidato
Fortalecer conselhos escolares é meta de encontro em Brasília
Cerca de 200 técnicos das secretarias municipais de educação das capitais e grandes cidades e das secretarias estaduais serão capacitados, esta semana, para implantar ou melhorar a gestão de conselhos escolares na rede pública de educação básica. Desta terça-feira (2), até sexta, 5, o Ministério da Educação (MEC) realiza o primeiro Encontro Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, em Brasília. Toda escola pública de educação básica deve ter um conselho escolar. Composto por representantes de alunos, pais, professores, funcionários, membros da comunidade e pelo diretor, o conselho é um dos órgãos responsáveis por reforçar o projeto político-pedagógico da escola e também participar da gestão financeira e administrativa. A criação de conselhos escolares está prevista no artigo 14 da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) e também no Plano Nacional de Educação (PNE). “Pesquisas mostram que, quando há participação da comunidade na escola, a qualidade da educação é maior”, afirma o coordenador do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, José Roberto Ribeiro. Segundo ele, o objetivo do encontro em Brasília é reforçar as diretrizes do programa e promover a troca de experiências entre os gestores municipais e estaduais. Muitas escolas têm experiências bem-sucedidas em relação aos conselhos. Tais experiências serão apresentadas em grupos de trabalho durante o encontro. Além disso, técnicos da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC ministrarão palestras sobre estratégias, desafios e financiamento. Desde 2005, a SEB realiza seminários estaduais para tratar do fortalecimento dos conselhos. De acordo com Ribeiro, a intenção é promover encontros nacionais uma vez por ano.
Cerca de 200 técnicos das secretarias municipais de educação das capitais e grandes cidades e das secretarias estaduais serão capacitados, esta semana, para implantar ou melhorar a gestão de conselhos escolares na rede pública de educação básica. Desta terça-feira (2), até sexta, 5, o Ministério da Educação (MEC) realiza o primeiro Encontro Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, em Brasília. Toda escola pública de educação básica deve ter um conselho escolar. Composto por representantes de alunos, pais, professores, funcionários, membros da comunidade e pelo diretor, o conselho é um dos órgãos responsáveis por reforçar o projeto político-pedagógico da escola e também participar da gestão financeira e administrativa. A criação de conselhos escolares está prevista no artigo 14 da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) e também no Plano Nacional de Educação (PNE). “Pesquisas mostram que, quando há participação da comunidade na escola, a qualidade da educação é maior”, afirma o coordenador do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, José Roberto Ribeiro. Segundo ele, o objetivo do encontro em Brasília é reforçar as diretrizes do programa e promover a troca de experiências entre os gestores municipais e estaduais. Muitas escolas têm experiências bem-sucedidas em relação aos conselhos. Tais experiências serão apresentadas em grupos de trabalho durante o encontro. Além disso, técnicos da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC ministrarão palestras sobre estratégias, desafios e financiamento. Desde 2005, a SEB realiza seminários estaduais para tratar do fortalecimento dos conselhos. De acordo com Ribeiro, a intenção é promover encontros nacionais uma vez por ano.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
ARTIGO
Mal-estar docente
JOSÉ A. FLORENTINO/ Professor, doutorando em Educação
Desde o início do ano, vêm sendo divulgado os problemas – que não são poucos – de nossa educação, principalmente no que diz respeito às relações interpessoais entre professores e alunos. O descaso e a questão da violência contra professores são antigos. Talvez por isso, esse problema ainda é motivo de discussões por diversos especialistas preocupados com a dimensão e o agravamento desse fenômeno violência nas escolas.Situações constrangedoras, como os relatos de agressões cometidos por alunos a professores, estão se tornando rotineiros. É a banalização da violência na escola. O professor virou “saco de pancada”. Todas as frustrações e os descontentamentos são descarregados na figura do professor. Tal fato só vem a demonstrar o caos da sociedade. Assistimos a uma dramática instabilidade dos valores tradicionais, de modo que, a não-reação, a não-resistência e a vulgarização da violência contra os professores têm se tornado algo normal.Um problema que se agrava é o mal-estar docente. Entende-se por mal-estar na docência os efeitos permanentes, de caráter negativo, que afetam a personalidade do educador como resultado de um ambiente negativo em que é exercida a profissão. Como consequência, podem ser observados sentimentos de insatisfação ante os problemas da prática educativa, o que tem levado muitos professores a abandonarem suas carreiras.Explicações para esse grave problema poderiam ser as mudanças sociais, culturais, econômicas e as exigências atuais da sociedade contemporânea sobre os professores. Isso tem modificado substancialmente o conceito de educação, a definição profissional da carreira docente e o papel que o professor deve exercer com relação a sua prática educativa. Poderíamos elencar ainda a falta de investimentos em políticas de educação, a má formação e a preparação de professores para lidar com essa nova realidade e as péssimas condições de trabalho.Hoje, o professor se vê obrigado a realizar uma atividade fragmentada, e deve atuar em diversas frentes: tem de manter a disciplina, ao mesmo tempo em que tem de ser simpático e afetuoso, de cuidar do ambiente de aula, de avaliar, orientar e organizar atividades extracurriculares e ser um pouco psicólogo, assistente social e, porque não, pai e mãe.A família – aquela que deveria ensinar os valores mínimos de convivência, de respeito ao próximo, de tolerância, de carinho, de amizade – está deixando de cumprir o seu papel e passa a responsabilidade para as escolas, melhor dizendo, para os professores. O que nossas autoridades têm feito para dar um basta a essa onda de violência? Não será preciso uma política de tolerância zero?
Mal-estar docente
JOSÉ A. FLORENTINO/ Professor, doutorando em Educação
Desde o início do ano, vêm sendo divulgado os problemas – que não são poucos – de nossa educação, principalmente no que diz respeito às relações interpessoais entre professores e alunos. O descaso e a questão da violência contra professores são antigos. Talvez por isso, esse problema ainda é motivo de discussões por diversos especialistas preocupados com a dimensão e o agravamento desse fenômeno violência nas escolas.Situações constrangedoras, como os relatos de agressões cometidos por alunos a professores, estão se tornando rotineiros. É a banalização da violência na escola. O professor virou “saco de pancada”. Todas as frustrações e os descontentamentos são descarregados na figura do professor. Tal fato só vem a demonstrar o caos da sociedade. Assistimos a uma dramática instabilidade dos valores tradicionais, de modo que, a não-reação, a não-resistência e a vulgarização da violência contra os professores têm se tornado algo normal.Um problema que se agrava é o mal-estar docente. Entende-se por mal-estar na docência os efeitos permanentes, de caráter negativo, que afetam a personalidade do educador como resultado de um ambiente negativo em que é exercida a profissão. Como consequência, podem ser observados sentimentos de insatisfação ante os problemas da prática educativa, o que tem levado muitos professores a abandonarem suas carreiras.Explicações para esse grave problema poderiam ser as mudanças sociais, culturais, econômicas e as exigências atuais da sociedade contemporânea sobre os professores. Isso tem modificado substancialmente o conceito de educação, a definição profissional da carreira docente e o papel que o professor deve exercer com relação a sua prática educativa. Poderíamos elencar ainda a falta de investimentos em políticas de educação, a má formação e a preparação de professores para lidar com essa nova realidade e as péssimas condições de trabalho.Hoje, o professor se vê obrigado a realizar uma atividade fragmentada, e deve atuar em diversas frentes: tem de manter a disciplina, ao mesmo tempo em que tem de ser simpático e afetuoso, de cuidar do ambiente de aula, de avaliar, orientar e organizar atividades extracurriculares e ser um pouco psicólogo, assistente social e, porque não, pai e mãe.A família – aquela que deveria ensinar os valores mínimos de convivência, de respeito ao próximo, de tolerância, de carinho, de amizade – está deixando de cumprir o seu papel e passa a responsabilidade para as escolas, melhor dizendo, para os professores. O que nossas autoridades têm feito para dar um basta a essa onda de violência? Não será preciso uma política de tolerância zero?
Pagamento de Servidores
Governo do Estado começa a pagar diferença de gratificação de férias a 12 mil professores
Calendário de pagamento
A secretária da Educação, Mariza Abreu, e o secretário da Fazenda, Ricardo Englert, informaram nesta terça-feira, 26, que o Governo do Estado está cumprindo o acordo feito com os professores e começa a pagar o diferencial de férias para os profissionais do magistério que fizeram o acordo administrativo para quitar essa diferença. O pagamento é referente à diferença de gratificação de um terço de férias para integralizar 60 ou 45 dias para os professores que aderiram ao acordo proposto pela Secretaria da Educação (SEC) para pagamento administrativo. A partir de 2008, o Governo do Estado passou a pagar a gratificação relativa ao acréscimo. Anteriormente, a gratificação era paga em relação a 30 dias de férias, independentemente de o professor ter direito a 45 ou 60 dias, conforme o contrato. Nesta folha, serão pagos os valores referentes ao exercício de 2001, para mais de 12 mil professores, o que totalizará o montante bruto de R$ 3,4 milhões. “Houve um reconhecimento desse direito pelo Poder Judiciário e o governo está pagando de forma parcelada a diferença desde 2001, dentro das possibilidades do Tesouro. No governo Yeda, vamos zerar essas pendências, resolvendo a questão com todos os professores que aderirem ao acordo até o próximo ano”, avaliou a secretária da Educação. Os valores referentes ao período entre 2001 e 2006 serão pagos de acordo com cronograma estabelecido pelo calendário abaixo. Para o exercício de 2007, basta aderir ao acordo, e a Secretaria da Educação realizar os devidos registros, que o valor é pago na folha imediatamente a seguir. De acordo com o secretário da Fazenda, o acordo possibilita a agilização e a sistematização dos pagamentos e também que todos os professores que têm direito à diferença recebam as parcelas no mesmo período, sem criar disparidades decorrentes das diferenças de prazos resultantes das decisões judiciais. Os professores que quiserem fazer a adesão podem dirigir-se a sua Coordenadoria Regional de Educação com a documentação relativa aos períodos de férias nas escolas em que trabalharam desde 2001. Calendário de pagamentos da gratificação do magistério: Maio 2009 – 2001 Junho 2009 – 2002 Julho 2009 – 2003 Maio 2010 – 2004 Junho 2010 – 2005 Julho 2010 – 2006 O secretário da Fazenda também anunciou o balanço das finanças do Estado no mês de maio e divulgou o calendário de pagamento do funcionalismo. Nos dias 27, 28 e 29 serão depositados R$ 405 milhões para pagar os vencimentos de 270.040 matrículas do Poder Executivo.
Governo do Estado começa a pagar diferença de gratificação de férias a 12 mil professores
Calendário de pagamento
A secretária da Educação, Mariza Abreu, e o secretário da Fazenda, Ricardo Englert, informaram nesta terça-feira, 26, que o Governo do Estado está cumprindo o acordo feito com os professores e começa a pagar o diferencial de férias para os profissionais do magistério que fizeram o acordo administrativo para quitar essa diferença. O pagamento é referente à diferença de gratificação de um terço de férias para integralizar 60 ou 45 dias para os professores que aderiram ao acordo proposto pela Secretaria da Educação (SEC) para pagamento administrativo. A partir de 2008, o Governo do Estado passou a pagar a gratificação relativa ao acréscimo. Anteriormente, a gratificação era paga em relação a 30 dias de férias, independentemente de o professor ter direito a 45 ou 60 dias, conforme o contrato. Nesta folha, serão pagos os valores referentes ao exercício de 2001, para mais de 12 mil professores, o que totalizará o montante bruto de R$ 3,4 milhões. “Houve um reconhecimento desse direito pelo Poder Judiciário e o governo está pagando de forma parcelada a diferença desde 2001, dentro das possibilidades do Tesouro. No governo Yeda, vamos zerar essas pendências, resolvendo a questão com todos os professores que aderirem ao acordo até o próximo ano”, avaliou a secretária da Educação. Os valores referentes ao período entre 2001 e 2006 serão pagos de acordo com cronograma estabelecido pelo calendário abaixo. Para o exercício de 2007, basta aderir ao acordo, e a Secretaria da Educação realizar os devidos registros, que o valor é pago na folha imediatamente a seguir. De acordo com o secretário da Fazenda, o acordo possibilita a agilização e a sistematização dos pagamentos e também que todos os professores que têm direito à diferença recebam as parcelas no mesmo período, sem criar disparidades decorrentes das diferenças de prazos resultantes das decisões judiciais. Os professores que quiserem fazer a adesão podem dirigir-se a sua Coordenadoria Regional de Educação com a documentação relativa aos períodos de férias nas escolas em que trabalharam desde 2001. Calendário de pagamentos da gratificação do magistério: Maio 2009 – 2001 Junho 2009 – 2002 Julho 2009 – 2003 Maio 2010 – 2004 Junho 2010 – 2005 Julho 2010 – 2006 O secretário da Fazenda também anunciou o balanço das finanças do Estado no mês de maio e divulgou o calendário de pagamento do funcionalismo. Nos dias 27, 28 e 29 serão depositados R$ 405 milhões para pagar os vencimentos de 270.040 matrículas do Poder Executivo.
Notícia publicada no site do Movimento Todos pela Educação
Em relação à prova do ano anterior, maior avanço ocorre nas séries iniciais do Ensino Fundamental
A secretaria estadual de Educação do Rio Grande do Sul divulgou, na última semana, o resultado do Saers 2008 - Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul. Em comparação com o exame do ano anterior, não houve grandes variações. Os resultados apontam que o avanço do desempenho nas séries iniciais do Ensino Fundamental foi maior do que nas séries finais e no Ensino Médio.
Na 2ª serie / 3º ano do Ensino Fundamental houve melhora no aprendizado tanto em Matemática, quanto em Língua Portuguesa. Em comparação com o Saers de 2007, o percentual de alunos com conhecimento adequado à sua série passou de 23,7% para 27,5% e de 31,9% para 33,3%, respectivamente. Na 5ª série / 6º ano, em Matemática esse percentual passou de 21,8% para 22,3%. Entretanto, em Língua Portuguesa houve redução de 33,4% para 30,9%.
A situação se inverte no 1º ano do Ensino Médio. Os resultados apontam redução em Matemática, o percentual de alunos com aprendizado adequado à sua série caiu de 12,7% para 11,8%. Em Língua Portuguesa houve melhora, passando de 21,9% para 22,9%.
A secretária estadual de Educacao, Mariza Abreu, reconhece o baixo desempenho. "Os resultados são frutos da redução da capacidade de investir em infra-estrutura e qualidade do ensino, que são decorrentes da crise fiscal enfrentada pelo estado há 37 anos", afirma. Ela explica que há muito a ser feito e que este ano, pela primeira vez, todas as escolas da rede estadual receberão os resultados individuais do Saers. Além disso, Mariza diz que os dados serão utilizados no desenvolvimento de programas de formação continuada dos professores, com base nas dificuldades de aprendizado dos alunos diagnosticadas no exame.
O Saers, que foi criado em 2007, é aplicado aos alunos da 2ª serie / 3º ano e 5ª série / 6º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio e segue a mesma escala utilizada pelo Saeb - Sistema de Avaliação da Educação Básica. O exame tem como objetivo avaliar os alunos das séries que não são avaliados pelo Saeb e Prova Brasil, aplicados pelo Inep. Segundo Mariza Abreu, o objetivo é corrigir as deficiências de aprendizado dos alunos ainda no início de cada ciclo. A secretária também afirma que a partir de 2009 o estado avaliará de forma censitária a alfabetização dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental.
Em relação à prova do ano anterior, maior avanço ocorre nas séries iniciais do Ensino Fundamental
A secretaria estadual de Educação do Rio Grande do Sul divulgou, na última semana, o resultado do Saers 2008 - Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul. Em comparação com o exame do ano anterior, não houve grandes variações. Os resultados apontam que o avanço do desempenho nas séries iniciais do Ensino Fundamental foi maior do que nas séries finais e no Ensino Médio.
Na 2ª serie / 3º ano do Ensino Fundamental houve melhora no aprendizado tanto em Matemática, quanto em Língua Portuguesa. Em comparação com o Saers de 2007, o percentual de alunos com conhecimento adequado à sua série passou de 23,7% para 27,5% e de 31,9% para 33,3%, respectivamente. Na 5ª série / 6º ano, em Matemática esse percentual passou de 21,8% para 22,3%. Entretanto, em Língua Portuguesa houve redução de 33,4% para 30,9%.
A situação se inverte no 1º ano do Ensino Médio. Os resultados apontam redução em Matemática, o percentual de alunos com aprendizado adequado à sua série caiu de 12,7% para 11,8%. Em Língua Portuguesa houve melhora, passando de 21,9% para 22,9%.
A secretária estadual de Educacao, Mariza Abreu, reconhece o baixo desempenho. "Os resultados são frutos da redução da capacidade de investir em infra-estrutura e qualidade do ensino, que são decorrentes da crise fiscal enfrentada pelo estado há 37 anos", afirma. Ela explica que há muito a ser feito e que este ano, pela primeira vez, todas as escolas da rede estadual receberão os resultados individuais do Saers. Além disso, Mariza diz que os dados serão utilizados no desenvolvimento de programas de formação continuada dos professores, com base nas dificuldades de aprendizado dos alunos diagnosticadas no exame.
O Saers, que foi criado em 2007, é aplicado aos alunos da 2ª serie / 3º ano e 5ª série / 6º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio e segue a mesma escala utilizada pelo Saeb - Sistema de Avaliação da Educação Básica. O exame tem como objetivo avaliar os alunos das séries que não são avaliados pelo Saeb e Prova Brasil, aplicados pelo Inep. Segundo Mariza Abreu, o objetivo é corrigir as deficiências de aprendizado dos alunos ainda no início de cada ciclo. A secretária também afirma que a partir de 2009 o estado avaliará de forma censitária a alfabetização dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Minha trajetória como educadora.
Eu, Ana Maria Roso de Pra, nasci em oito de março de l945, em Colônia Borges, interior do município de Restinga Seca.
Filha do agricultor Valide Antônio Roso e da professora municipal Nair Pohlmann Roso.
Realizei o curso primário e ginasial na Escola Nossa Senhora de Lourdes em Vale Vêneto, município de São João do Polesine. O 2º Grau,através do supletivo.
Formação Universitária, licenciada em Estudos Sócias pela FIC, hoje UNIFRA de Santa Maria.
Iniciei no Magistério Municipal em 1963, na escola municipal de Passo da Porteira em Santuário, município de Restinga Seca, com classe multiseriada, atendendo de 1ª e 5ª série, direção e merendeira.
Fiz concurso municipal em Cachoeira do Sul, aonde fui trabalhar como professora de classe multiseriada no interior do município por um ano.
Retornei para Restinga Seca, magistério municipal onde fui trabalhar em Colônia Borges, onde residia, lá permaneci como professora e diretora da Escola Adelino Roso até 1973.
Em, 1974 fui convidada pela então Secretária Municipal. De Educação do Município para integrar a equipe da Secretaria Municipal. De Educação respondendo como supervisora municipal até 1975.
Em, 1976 até 1978, respondi na mesma SMEC pelo setor de orientadora do serviço de Merenda escolar do município.
De l979 a 1989 fui responsável pelo setor de pessoal da SMEC de Restinga Seca. De l985 até l989 também trabalhei como assessora direta da Secretária Município. De Educação do Município.
Em março de 1989, pedi minha aposentadoria por tempo de serviço no município. Ingressei no Magistério Estadual no mesmo ano, maio de l989.
Na Escola. Estadual Francisco Manoel, ingressei como regente de classe de 5ª série na disciplina de História em 1989.
A convite de alguns professores, na gestão de Alceu Colares como governador, fui indicada em 1991 como diretora da escola, ali permaneci como tal por três anos. No final do meu mandato, voltei como regente de classe na disciplina de história nas 5ª e 6ª séries, de 1995 até 1999.
Na gestão da diretora Maria Gertrudes Mozzaquatro em 2000, trabalhei como assistente especial financeiro na escola até 2004, depois foi trabalhar como bibliotecária por um período e também acumulei o cargo de vice-diretora do turno da noite até 2006.
Em janeiro de 2006 voltei a trabalhar como assistente especial financeiro na escola, cargo que ocupo até hoje.
Pretendo me aposentar no estado na final do ano encerrando assim uma jornada de muito trabalho, sacrifícios, dedicação desafios que só são importantes porque foram vencidos e batalhados com muito amor e orgulho nesta difícil tarefa que é ser professor na atualidade.
Quero completar que durante estes anos de labuta muitos cursos, encontros, seminarios foram feitos para atualização entre eles nas universidades como: UNISINOS, ULBRA, UNIFRA, UFSM. UFRGS entre outras.
Realizei também diversos cursos na área colateral, com cursos de danças folclóricas, pois também trabalhava como diretora cultural durante mais de dez anos no CTG Estância do Mirim em Restinga Seca.
Eu, Ana Maria Roso de Pra, nasci em oito de março de l945, em Colônia Borges, interior do município de Restinga Seca.
Filha do agricultor Valide Antônio Roso e da professora municipal Nair Pohlmann Roso.
Realizei o curso primário e ginasial na Escola Nossa Senhora de Lourdes em Vale Vêneto, município de São João do Polesine. O 2º Grau,através do supletivo.
Formação Universitária, licenciada em Estudos Sócias pela FIC, hoje UNIFRA de Santa Maria.
Iniciei no Magistério Municipal em 1963, na escola municipal de Passo da Porteira em Santuário, município de Restinga Seca, com classe multiseriada, atendendo de 1ª e 5ª série, direção e merendeira.
Fiz concurso municipal em Cachoeira do Sul, aonde fui trabalhar como professora de classe multiseriada no interior do município por um ano.
Retornei para Restinga Seca, magistério municipal onde fui trabalhar em Colônia Borges, onde residia, lá permaneci como professora e diretora da Escola Adelino Roso até 1973.
Em, 1974 fui convidada pela então Secretária Municipal. De Educação do Município para integrar a equipe da Secretaria Municipal. De Educação respondendo como supervisora municipal até 1975.
Em, 1976 até 1978, respondi na mesma SMEC pelo setor de orientadora do serviço de Merenda escolar do município.
De l979 a 1989 fui responsável pelo setor de pessoal da SMEC de Restinga Seca. De l985 até l989 também trabalhei como assessora direta da Secretária Município. De Educação do Município.
Em março de 1989, pedi minha aposentadoria por tempo de serviço no município. Ingressei no Magistério Estadual no mesmo ano, maio de l989.
Na Escola. Estadual Francisco Manoel, ingressei como regente de classe de 5ª série na disciplina de História em 1989.
A convite de alguns professores, na gestão de Alceu Colares como governador, fui indicada em 1991 como diretora da escola, ali permaneci como tal por três anos. No final do meu mandato, voltei como regente de classe na disciplina de história nas 5ª e 6ª séries, de 1995 até 1999.
Na gestão da diretora Maria Gertrudes Mozzaquatro em 2000, trabalhei como assistente especial financeiro na escola até 2004, depois foi trabalhar como bibliotecária por um período e também acumulei o cargo de vice-diretora do turno da noite até 2006.
Em janeiro de 2006 voltei a trabalhar como assistente especial financeiro na escola, cargo que ocupo até hoje.
Pretendo me aposentar no estado na final do ano encerrando assim uma jornada de muito trabalho, sacrifícios, dedicação desafios que só são importantes porque foram vencidos e batalhados com muito amor e orgulho nesta difícil tarefa que é ser professor na atualidade.
Quero completar que durante estes anos de labuta muitos cursos, encontros, seminarios foram feitos para atualização entre eles nas universidades como: UNISINOS, ULBRA, UNIFRA, UFSM. UFRGS entre outras.
Realizei também diversos cursos na área colateral, com cursos de danças folclóricas, pois também trabalhava como diretora cultural durante mais de dez anos no CTG Estância do Mirim em Restinga Seca.
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