sexta-feira, 29 de maio de 2009

ARTIGO
Mal-estar docente
JOSÉ A. FLORENTINO/ Professor, doutorando em Educação

Desde o início do ano, vêm sendo divulgado os problemas – que não são poucos – de nossa educação, principalmente no que diz respeito às relações interpessoais entre professores e alunos. O descaso e a questão da violência contra professores são antigos. Talvez por isso, esse problema ainda é motivo de discussões por diversos especialistas preocupados com a dimensão e o agravamento desse fenômeno violência nas escolas.Situações constrangedoras, como os relatos de agressões cometidos por alunos a professores, estão se tornando rotineiros. É a banalização da violência na escola. O professor virou “saco de pancada”. Todas as frustrações e os descontentamentos são descarregados na figura do professor. Tal fato só vem a demonstrar o caos da sociedade. Assistimos a uma dramática instabilidade dos valores tradicionais, de modo que, a não-reação, a não-resistência e a vulgarização da violência contra os professores têm se tornado algo normal.Um problema que se agrava é o mal-estar docente. Entende-se por mal-estar na docência os efeitos permanentes, de caráter negativo, que afetam a personalidade do educador como resultado de um ambiente negativo em que é exercida a profissão. Como consequência, podem ser observados sentimentos de insatisfação ante os problemas da prática educativa, o que tem levado muitos professores a abandonarem suas carreiras.Explicações para esse grave problema poderiam ser as mudanças sociais, culturais, econômicas e as exigências atuais da sociedade contemporânea sobre os professores. Isso tem modificado substancialmente o conceito de educação, a definição profissional da carreira docente e o papel que o professor deve exercer com relação a sua prática educativa. Poderíamos elencar ainda a falta de investimentos em políticas de educação, a má formação e a preparação de professores para lidar com essa nova realidade e as péssimas condições de trabalho.Hoje, o professor se vê obrigado a realizar uma atividade fragmentada, e deve atuar em diversas frentes: tem de manter a disciplina, ao mesmo tempo em que tem de ser simpático e afetuoso, de cuidar do ambiente de aula, de avaliar, orientar e organizar atividades extracurriculares e ser um pouco psicólogo, assistente social e, porque não, pai e mãe.A família – aquela que deveria ensinar os valores mínimos de convivência, de respeito ao próximo, de tolerância, de carinho, de amizade – está deixando de cumprir o seu papel e passa a responsabilidade para as escolas, melhor dizendo, para os professores. O que nossas autoridades têm feito para dar um basta a essa onda de violência? Não será preciso uma política de tolerância zero?
Outra Notícia, esta aqui de Santa Maria é que os professores Municipais ampliam a operação tartaruga e vão estar ao lado dos professores estaduais na paralização de terça.
Pagamento de Servidores
Governo do Estado começa a pagar diferença de gratificação de férias a 12 mil professores

Calendário de pagamento
A secretária da Educação, Mariza Abreu, e o secretário da Fazenda, Ricardo Englert, informaram nesta terça-feira, 26, que o Governo do Estado está cumprindo o acordo feito com os professores e começa a pagar o diferencial de férias para os profissionais do magistério que fizeram o acordo administrativo para quitar essa diferença. O pagamento é referente à diferença de gratificação de um terço de férias para integralizar 60 ou 45 dias para os professores que aderiram ao acordo proposto pela Secretaria da Educação (SEC) para pagamento administrativo. A partir de 2008, o Governo do Estado passou a pagar a gratificação relativa ao acréscimo. Anteriormente, a gratificação era paga em relação a 30 dias de férias, independentemente de o professor ter direito a 45 ou 60 dias, conforme o contrato. Nesta folha, serão pagos os valores referentes ao exercício de 2001, para mais de 12 mil professores, o que totalizará o montante bruto de R$ 3,4 milhões. “Houve um reconhecimento desse direito pelo Poder Judiciário e o governo está pagando de forma parcelada a diferença desde 2001, dentro das possibilidades do Tesouro. No governo Yeda, vamos zerar essas pendências, resolvendo a questão com todos os professores que aderirem ao acordo até o próximo ano”, avaliou a secretária da Educação. Os valores referentes ao período entre 2001 e 2006 serão pagos de acordo com cronograma estabelecido pelo calendário abaixo. Para o exercício de 2007, basta aderir ao acordo, e a Secretaria da Educação realizar os devidos registros, que o valor é pago na folha imediatamente a seguir. De acordo com o secretário da Fazenda, o acordo possibilita a agilização e a sistematização dos pagamentos e também que todos os professores que têm direito à diferença recebam as parcelas no mesmo período, sem criar disparidades decorrentes das diferenças de prazos resultantes das decisões judiciais. Os professores que quiserem fazer a adesão podem dirigir-se a sua Coordenadoria Regional de Educação com a documentação relativa aos períodos de férias nas escolas em que trabalharam desde 2001. Calendário de pagamentos da gratificação do magistério: Maio 2009 – 2001 Junho 2009 – 2002 Julho 2009 – 2003 Maio 2010 – 2004 Junho 2010 – 2005 Julho 2010 – 2006 O secretário da Fazenda também anunciou o balanço das finanças do Estado no mês de maio e divulgou o calendário de pagamento do funcionalismo. Nos dias 27, 28 e 29 serão depositados R$ 405 milhões para pagar os vencimentos de 270.040 matrículas do Poder Executivo.
Notícia publicada no site do Movimento Todos pela Educação
Em relação à prova do ano anterior, maior avanço ocorre nas séries iniciais do Ensino Fundamental
A secretaria estadual de Educação do Rio Grande do Sul divulgou, na última semana, o resultado do Saers 2008 - Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul. Em comparação com o exame do ano anterior, não houve grandes variações. Os resultados apontam que o avanço do desempenho nas séries iniciais do Ensino Fundamental foi maior do que nas séries finais e no Ensino Médio.
Na 2ª serie / 3º ano do Ensino Fundamental houve melhora no aprendizado tanto em Matemática, quanto em Língua Portuguesa. Em comparação com o Saers de 2007, o percentual de alunos com conhecimento adequado à sua série passou de 23,7% para 27,5% e de 31,9% para 33,3%, respectivamente. Na 5ª série / 6º ano, em Matemática esse percentual passou de 21,8% para 22,3%. Entretanto, em Língua Portuguesa houve redução de 33,4% para 30,9%.
A situação se inverte no 1º ano do Ensino Médio. Os resultados apontam redução em Matemática, o percentual de alunos com aprendizado adequado à sua série caiu de 12,7% para 11,8%. Em Língua Portuguesa houve melhora, passando de 21,9% para 22,9%.
A secretária estadual de Educacao, Mariza Abreu, reconhece o baixo desempenho. "Os resultados são frutos da redução da capacidade de investir em infra-estrutura e qualidade do ensino, que são decorrentes da crise fiscal enfrentada pelo estado há 37 anos", afirma. Ela explica que há muito a ser feito e que este ano, pela primeira vez, todas as escolas da rede estadual receberão os resultados individuais do Saers. Além disso, Mariza diz que os dados serão utilizados no desenvolvimento de programas de formação continuada dos professores, com base nas dificuldades de aprendizado dos alunos diagnosticadas no exame.
O Saers, que foi criado em 2007, é aplicado aos alunos da 2ª serie / 3º ano e 5ª série / 6º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio e segue a mesma escala utilizada pelo Saeb - Sistema de Avaliação da Educação Básica. O exame tem como objetivo avaliar os alunos das séries que não são avaliados pelo Saeb e Prova Brasil, aplicados pelo Inep. Segundo Mariza Abreu, o objetivo é corrigir as deficiências de aprendizado dos alunos ainda no início de cada ciclo. A secretária também afirma que a partir de 2009 o estado avaliará de forma censitária a alfabetização dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Minha trajetória como educadora.

Eu, Ana Maria Roso de Pra, nasci em oito de março de l945, em Colônia Borges, interior do município de Restinga Seca.
Filha do agricultor Valide Antônio Roso e da professora municipal Nair Pohlmann Roso.
Realizei o curso primário e ginasial na Escola Nossa Senhora de Lourdes em Vale Vêneto, município de São João do Polesine. O 2º Grau,através do supletivo.
Formação Universitária, licenciada em Estudos Sócias pela FIC, hoje UNIFRA de Santa Maria.
Iniciei no Magistério Municipal em 1963, na escola municipal de Passo da Porteira em Santuário, município de Restinga Seca, com classe multiseriada, atendendo de 1ª e 5ª série, direção e merendeira.
Fiz concurso municipal em Cachoeira do Sul, aonde fui trabalhar como professora de classe multiseriada no interior do município por um ano.
Retornei para Restinga Seca, magistério municipal onde fui trabalhar em Colônia Borges, onde residia, lá permaneci como professora e diretora da Escola Adelino Roso até 1973.
Em, 1974 fui convidada pela então Secretária Municipal. De Educação do Município para integrar a equipe da Secretaria Municipal. De Educação respondendo como supervisora municipal até 1975.
Em, 1976 até 1978, respondi na mesma SMEC pelo setor de orientadora do serviço de Merenda escolar do município.
De l979 a 1989 fui responsável pelo setor de pessoal da SMEC de Restinga Seca. De l985 até l989 também trabalhei como assessora direta da Secretária Município. De Educação do Município.
Em março de 1989, pedi minha aposentadoria por tempo de serviço no município. Ingressei no Magistério Estadual no mesmo ano, maio de l989.
Na Escola. Estadual Francisco Manoel, ingressei como regente de classe de 5ª série na disciplina de História em 1989.
A convite de alguns professores, na gestão de Alceu Colares como governador, fui indicada em 1991 como diretora da escola, ali permaneci como tal por três anos. No final do meu mandato, voltei como regente de classe na disciplina de história nas 5ª e 6ª séries, de 1995 até 1999.
Na gestão da diretora Maria Gertrudes Mozzaquatro em 2000, trabalhei como assistente especial financeiro na escola até 2004, depois foi trabalhar como bibliotecária por um período e também acumulei o cargo de vice-diretora do turno da noite até 2006.
Em janeiro de 2006 voltei a trabalhar como assistente especial financeiro na escola, cargo que ocupo até hoje.
Pretendo me aposentar no estado na final do ano encerrando assim uma jornada de muito trabalho, sacrifícios, dedicação desafios que só são importantes porque foram vencidos e batalhados com muito amor e orgulho nesta difícil tarefa que é ser professor na atualidade.
Quero completar que durante estes anos de labuta muitos cursos, encontros, seminarios foram feitos para atualização entre eles nas universidades como: UNISINOS, ULBRA, UNIFRA, UFSM. UFRGS entre outras.
Realizei também diversos cursos na área colateral, com cursos de danças folclóricas, pois também trabalhava como diretora cultural durante mais de dez anos no CTG Estância do Mirim em Restinga Seca.





Oi pessoal, meu nome é Angélica, sou estudante de história, fiz este Blog no intuito de fazer trabalho de Políticas Educacionais e Gestão Escolar, sobre a Educação. Vou apresentar para vocês histórias dos Docentes, suas trajetórias na grande jornada que é o magistério.